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Para mim o melhor dia da minha vida ha de ser o ditoso momento em que possa beijar os augustos pés do meu rei... Oh, se elle voltar, e ha de voltar, apezar de indigno filho de S. Francisco, irei com o povo puchar aos varaes da sua carruagem!

Que volta misteriosa dava todos os dias aquella carruagem, que ás tardes ali passava trepando pela calçada? D'onde vinham, para onde iam, em que palacio ou castello arruinado moravam as boas velhas? Quem eram? Nunca o soube. E era talvez por isso que as amava tanto.

Sampaio disse-me logo que o meu pedido seria satisfeito; que no dia seguinte, uma quinta feira, havia despacho no Paço; que estivesse eu, á uma hora da tarde, na secretaria do reino, por que me levaria na sua carruagem, e me apresentaria a el-rei antes do despacho.

Não pareceu mesmo ter reparado na anomalia que representava, n'um bairro tão pouco propicio ás aventuras parisienses, a permanencia d'uma carruagem com os estores corridos, immovel, no extremo da pacata rua Varenne! Atravessou o «boulevard», sem se voltar, e chegou ao pequeno jardim dos Invalidos, que transpoz, sempre com o mesmo passo indifferente.

Mas, então, o desconhecido que Joanna viu chegar em carro de aluguer, era o habitante permanente d'aquelle casa? Era pouco provavel, em vista da sua attitude impaciente do homem que chega tarde a uma entrevista amorosa, e que manda esperar a carruagem para tornar a ir n'ella.

Deu ainda alguns passos na direcção da rua Monge, com a idéia de que o desconhecido a tivesse notado e abrisse talvez a sacada para verificar se ainda ali se conservava. Voltou a cabeça e reconheceu que as janellas da pequena habitação continuavam fechadas e que a carruagem que conduziu o homem se não ia embora.

Uma noite, ha dois mezes, recolhendo-me por volta das nove horas a minha casa, que fica situada em um dos bairros excentricos de Lisboa, encontrei parada uma carruagem de praça, cujo cocheiro altercava grosseiramente com uma senhora, que estava em junto do trem, vestida de preto e coberta com um grande veu de renda.

Um minuto mais e a carruagem estaria em frente da «Poule Blanche», o café dos vermelhos, dos assassinos dos «democs», como costumava dizer o marquez de la Tournelle. Que ruido vem d'este lado! disse o sr. Trimolet, indicando a «Poule Blanche»; ouvem meus senhores? De quem é esta voz? Ha alli uma reunião? Escutem! Applaudem!

Tendo-a ouvido, o boleeiro veio abrir a porta da carruagem, da qual saiu então uma senhora de elegante apparencia, toda vestida de preto e cujas feições se occultavam em um longo véo, impenetravel aos olhos ávidos de Antonia e da sua amiga. Esta senhora desappareceu pelo portão do jardim em companhia do criado de Carlos. A snrAntonia e a snrJoséfinha trocavam entre si olhares eloquentes.

Subimos oito ou dez degraus, tomámos á esquerda n'um patamar, subimos ainda outros degraus e parámos n'um primeiro andar. Ninguem tinha proferido uma palavra, e havia o que quer que fosse de lugubre n'este silencio que nos envolvia como uma nuvem de tristeza. Ouvi então a nossa carruagem que se affastava, e senti uma suppressão, uma especie de sobresalto pueril.

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