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Atualizado: 25 de julho de 2025


E depois, como recordando-se d'alguma coisa passada, o negro continuou: Oh! o cabinda bem dizia, que o branco dos sonhos da senhora moça havia de chegar.

O cabinda chegou á rua dos Pescadores, no Rio, alguns minutos depois de terminada a disputa entre Luiz e Americo. O escriptorio, como dissemos, era situado no fundo do armazem, e resguardado por uns tapamentos de madeira, que interceptavam a vista do seu interior ás pessoas que entravam. Americo estacou, e como que teve um estremecimento, vendo surgir o negro.

E tomou a mão a Jorge, e recolheram-se ambos alegres e contentes. Pouco depois, o piano gemia, debaixo dos formosos dedos da filha do cabinda, uma reverie de deliciosissimas harmonias, d'estas que levam presas, nas suas azas, o espirito até ao céo. Jorge ouvia-a n'um extase.

Mas o cabinda ainda está, e a minha filha hade ser muito feliz! Eram quatro horas da tarde, approximadamente, quando Jorge regressou á chacara, depois de ter deixado o armazem. Magdalena chorava sósinha no seu quarto. Sympathicas lagrimas aquellas!

Sorria-se inteira a natureza, n'um sorriso que era como um hymno abençoando o Creador! O cabinda andava , contente do seu trabalho, entregue á limpeza das folhas seccas, cahidas, durante a noite, em volta do lago, onde Magdalena costumava ir sentar-se, pensativa, no fim de cada tarde.

O senhor Americo. O mulato? interrogou o negro, mais admirado ainda. Sim. Escreveu-me esta carta a dar-me a noticia, e a pedir-me para esta noute ás 10 horas apparecer no caramanchão do lago, para me entregar uma carta de Luiz. E porque a não mandou o mulato? Porque a mim a quer entregar. O cabinda sorriu-se n'uma expressão d'ironia e d'ameaça. E a senhora moça o que responde? Não sei.

As aves receiosas deixavam os seus asylos, architectados nos ramos das arvores frondosas, ante a passagem do ser que se aproximava. Um minuto depois, um negro surgia junto ao lago. Era o cabinda. O preto deu com os olhos em Magdalena, parou e susteve a respiração, com mêdo de a acordar, mas nos olhos e nos labios brilhou-lhe logo um sorriso de verdadeira alegria.

O negro era n'aquelle momento o anjo bom de Magdalena. elle a podia tirar dos embaraços que a prendiam. Magdalena exultou de alegria, vendo-o entrar. Ah! ainda bem que vens! exclamou ella, correndo para o negro. Não podias chegar em melhor occasião. Quer alguma cousa ao negro a senhora moça? O senhor Luiz foi para Macahé. O branco? perguntou o cabinda admirado. Sim. Quem o disse á minha filha?

O cabinda, coitado, morreu de velhice, exalando o ultimo alento nos braços de Jorge, de Luiz e de Magdalena, que lhe cercavam o leito e o não desampararam nos dias de enfermidade.

Perdoo-lhe, Cabinda. Mas o negro é que não perdoa senhora moça. Ha de perdoar, porque eu assim o quero. E se elle voltar? o mulato é mau... Se voltar, fallaremos então. Oh! senhora moça! o negro tem bom olho e pulso forte. E o cabinda estende-o logo como o caçador á onça do mato. te disse que não fazes nada. A minha filha manda. E tu obedeces.

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