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Atualizado: 23 de julho de 2025
Alli, Danae de si mesmo, estirava-se elle, enchendo as mãos de punhados de libras, e fazendo-as cair no monte a pouco e pouco, enterrando os dedos n'aquella eira monetaria, revolvendo-a, fazendo-a rolar, apanhando-a espiga a espiga, juntando-a, contando-a de novo, enchendo as bolsas, e tornando-as a collocar dentro da burra.
Então vossemecê, vae ou não vae! ajuntou a tia Monica em voz alta, voltando-se de novo para o porteiro. E ella a dar-lhe, e a burra a fugir, disse o guarda-portão, voltando-lhe a cara para a banda, e continuando a varrer o patim. Se vossemecê continua a atormentar-me subo lá acima e digo ao mestre Jeronymo que lhe pegue por um braço e que a ponha fóra da porta. Forte impertinente! cruzes, canhoto!
Tinha-me esquecido peal-a e, quando voltei a mim, não vi da burra nem rastos! E ali fiquei eu, não sei que tempos, como um simplacheirão, de queixos cahidos e mãos a abanar, sem achar uma idéa que me allumiasse, sem ver remedio de vida, a tremer das furias do avô. Depois, muito cosido com as paredes, fui até á cocheira. Talvez a Pomba tivesse tomado o caminho de casa.
O desgosto não lhe havia feito esquecer o costume, pelo contrario, e uma melhor matadella de bicho tornava-o ainda mais terno. O que elle disse á burra! O que elle lhe disse! Mas embora o velho perdoasse, o mal estava feito. Breve d'isso se convenceu. Primeiro foram apenas suspeitas, passados dias uma certeza. O avô andava envergonhado.
Até isso lhes servira! Observando rigorosamente as regras da economia, não comprando senão o que lhe era restrictamente necessario, e assim mesmo inventando para seu uso proprio um necessario especial, as riquezas que obtinha, moeda de cobre a moeda de cobre, serviam-lhe unicamente para as ter enterradas n'uma burra collocada no seu quarto. «N'esse ponto tinha elle uma certa coquetterie.
Já uma vez te puz as mãos na cara, por me dizeres que bem se via que eu era fidalga por ser burra; agora, dizes que estou contaminada dos costumes, porque acho que a luveira não andaria mal, se se fizesse condessa... Ora queira Deus que as tuas faltas de respeito me não obriguem a quebrar-te a cara, percebes?
Vê-se livre da espada de dois gumes que a burra lhe sangrava, e na carcassa vasto caminho abria a vãos queixumes. Menina, já que estás co'a mão na massa, reforma os teus costumes. E como incerto é sempre o bem futuro e póde arrepender-se o arrependido, vae lá pondo, á cautela, no seguro o nome do marido. AL
O avô, satisfeito como um gato ao borralho e descançando em meu cuidado, assentára a barba sobre o peitilho, e no pateo, sentado no banco de pedra, dormia ao sol. A burra não estava. Fui para a charneca. Onde via esteva pisada, procurava achar um rasto. Levava n'uma palhinha a medida certa da ferradura; mas as poucas horas de sol n'aquella manhã tinham endurecido a terra.
No dia seguinte, D. Gloria deixou a casinha da rua da Sovella e foi para o Bom Jesus do Monte com um dos leões d'aquelle tempo em que a cidade da Virgem parecia ser da Venus Callipygia uma leoneira da Hircania, onde as epidermes roliças das donzellas de Cedofeita e as ostras da Aguia d'Ouro eram o pastío nocturno d'aquelles dragoens, producto da concubinagem do romantico burro de Buridan com a classica burra de Balaão.
Na terra gravarão triste memoria Teus vicios, e acções escandalosas Nunca sonhadas na mais vil historia. Com que horror te olharão castas esposas, Sabendo que aprouveste á tua dar Um tostão, vendo-a enferma? E que repousas! Com que odio chegarão a recordar Não seguiste as leis do deus vendado, Por mais cobres na burra accumular?
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