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Chamava-se Monica; nome que não anda na bocca de todos, e a essa vantagem reune a de ser esdruxulo. Casára aos vinte nove annos de idade com um rapaz de vinte e quatro; e enviuvou no anno seguinte. Tudo isto foi muito natural, sendo mais natural a morte do rapaz. Não era bonita, era sympathica. Não era sabia como D. Maria Caetana Agnezi, mas era intelligente; e mais espiritada do que espirituosa.

Pois veremos quem vence se sou eu ou se é vossemecê; e sentando-se tranquillamente sobre um dos bancos da entrada, a tia Monica começou a olhar para o enraivecido porteiro, com um modo insolente e provocador. Cinco minutos depois, desceu a mesma enfermeira, dizendo lhe da parte da sr.ª D. Magdalena que fosse ter com ella ao terceiro andar.

E se essa mulher não passasse de uma infame mentirosa? E se tudo quanto a tia Monica te disse fosse verdadeiro? Que remorsos não terias n'este momento, se me tivesses dito que a conducta de Martha era irreprehensivel? Isso é que é verdade, sr. Manuel de Mendonça. Em todo o caso, tudo se poderá hoje descobrir. Se o senhor consentisse que eu fosse em sua companhia...

Porém se esse amor que eu supponho existir no coração de Martha, não fôr mais do que uma desconfiança, então Monica, se lhe não fôr indifferente, rico ou desventurado, nobre ou plebeu, Manuel de Mendonça será o meu esposo, porque o amo muito, muito, tia Monica! E a pobre Magdalena, tremula e offegante, debalde tentava occultar as lagrimas que a suffocavam!

Nem da colera do Senhor, tia Monica, respondia-lhe a visinha, mettendo-se para dentro de casa como se os seus olhos invejosos não podessem resistir ao olhar candido e celeste de Martha, o anjo dos tristes. Despedindo-se das filhas de Tristão, Martha entrou em sua casa. Vinha excessivamente pallida.

Parece que está a zombar da cholera do Senhor! acudiu respeitosamente a tia Monica, beata que vivia de resas por conta das fidalgas de Buenos Ayres, quando os seus affazeres não lhe permitiam conversar com o Todo Poderoso por conta propria.

Trevas e trevas... nenhum vagalume, no espaço! Cheguei a casa com vontade de brigar. Monica, que não levou ainda a breca, estava risonha, como um dia de primavera. Eu levava o inverno dentro d'alma. Chegas a proposito, disse acariciando-me; esta cartinha. Tomei-a e li sem desfranzir as sobrancelhas: «Senhora Dona Monica.

Quanto ao resto, accrescentou a beata, posso-lhe dizer quasi com toda a certeza, que alli anda cousa, e anda por isto: Ha tempos estando eu na tenda do Melro, entrou um homem de tracto do mar e começou a perguntar informações de Martha. Esse individuo não tinha sido senão alguem mandado por elle, para saber se se portava bem ou mal. E o que lhe respondeu, tia Monica?

Quando ella entrou, Magdalena, encostada á varanda, contemplava o Tejo, no Tejo a galera, na galera Manuel de Mendonça, e n'esse a vida que para ella lhe fugia! Bons dias, santinha! disse ella approximando-se da tia Monica. Muitos bons dias, meu anjinho, replicou a asquerosa beata tentando beijar a mão que Magdalena lhe extendia.

As meninas a protegerem aquelle traste, e ella pagando-lhes assim! Isso não, tia Monica! Pobre rapariga, que culpa tem ella do que se passa no meu coração? O mal que me está causando é involuntario, e tão involuntario que ella propria o desconhece; e demais, se ha alguem culpado em tudo isto, sou eu, eu apenas. E pensa a menina, que um rapaz como esse tal sr.