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D. Leonor repellíra o olhar, entre colerico e timido, de Fernando, que mal acreditava a própria audacia, com um olhar em que se misturava a indignação e o despreso. Ella ouvira as suas palavras sem mudar de aspecto, mas apenas elrei acabou, encaminhou-se para a janella d'onde batia o luar, e estendeu a mão para o céu: "Ha dous annos, senhor rei, que neste aposento, a estas mesmas horas, um cavalleiro jurava a uma dama, de quem pretendia quanto mulher póde ceder a desejos de homem, que a amaria sempre; jurava-o pelo céu, pelos ossos de seus avós, pela sua de cavalleiro e o cavalleiro mentiu. As bôcas de homens vis vomitavam contra essa mulher, e a essa mesma hora, os nomes de adultera, de barregan, de prostituta, e pediam a sua morte. O cavalleiro sabia que taes affrontas escrevem-se para sempre na fronte de quem as recebe, se o sangue de quem as proferiu não as lava um dia. O cavalleiro ofereceu a sua alma aos demonios se não as lavasse com sangue e esse cavalleiro blasphemou e mentiu. Senhor rei, diante do céu que elle invocou, perto dos ossos de seus avós, pelos quaes jurou, á luz da lua que o allumiava, dir-vos-hei: aquelle cavalleiro foi perjuro, blasphemo, desleal e covarde, e eu a sua victima.

Insensato que sois, meu irmão! Violante Gomes talvez algum dia venha a ser vossa esposa; mas juro-vos... juro-vos que, em quanto eu viva, nunca Dom João consentirá que uma barregan se associe á familia dos monarchas de Portugal! Inesperadamente assomou um vislumbre de colera ás faces amarellecidas do infante.

Claudio: «Falleceu recebendo todos os sacramentos com summa edificação a 7 de fevereiro de 1693 quando contava quarenta e nove annos de edade» Gabinete Historico, Tomo IV, pag. 214 e seg.Da mãe de D. Maria não houve frade nem chronista que sequer nos contasse como se foi derretendo em lagrimas a vida da freira que o rei dera como esposa a Jesus, depois de se enfastiar d'ella como barregan.

Hesitou um momento; mas lembrou-se de que era neto do heroe do Salado, e precipitou-se na voragem. "Vil é a mulher barregan e adultera, e essa é ambas as cousas. Traidor seria um rei de Portugal que assentasse o adulterio no throno, e vós o fizestes, rei deshonrado e maldicto de vosso Deus e do vosso povo! Quem neste logar é o vil e o traidor?"

"Traidor é elle, que nos ha mentido como um pagão! bradou o tanoeiro sopesando o montante. Mas que se guarde de outra vez trazer a Lisboa a adultera! Rainha ou barregan, arrancar-lhe-hemos os olhos. A arraya-miuda foi escarnida; mas não o será em vão. Que dizeis vós outros, honrados burguezes?"

O ladrão crivou-me a cara de zagalotes! murmurou Roque da Cunha Olha do que eu te livrei, rapaz!... se o diabo tuge, e toca a safar, que a barregan não se cala... Domingos Leite olhou de revez para o cadaver que cahira de bruços, esforçou-se para ir examinar-lhe a respiração; mas as pernas tremiam-lhe.

Juro a V. Exque heide ser homem de bem até o provar no patibulo, onde os malfeitores ouvem o pregão da sua infamia. Que está ahi a imaginar patibulos! Os homens de bem não vão aos patibulos. Isto foi um modo figurado de fallar. Deus hade permittir que eu não expie na forca as devassidões da barregan de... De quem? ainda V. Exme não disse de quem...

Não me irrite com referencias estupidas ás suspeitas antigas! redarguiu o marido enfreando as arremettidas da raiva Diga-me , barregan de clerigo, diga-me que conceito formou de mim, quando, depois de eu ter sahido d'aquella alcôva na primeira noite de meu deshonrado consorcio com uma manceba de padre Luiz da Silveira, voltei, passadas poucas horas, e me ajoelhei a seus pés, pedindo-lhe me perdoasse a injuria que fizera á sua puresa de menina solteira?

Palavra Do Dia

rivington

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