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Atualizado: 21 de julho de 2025


Mas porque para cercar e combater tamanha cidade, por então não se achou no reino o soprimento que era necessario, desistiu El-Rei d'este proposito, e com fundamentos de bom conquistador, e com evidentes razões que lhe foram apontadas, de que se tambem ao diante não perdia a esperança do cobramento de Tangere, assentou ir sobre Arzilla, que logo por Vicente Simões, homem nas cousas do mar bem esperto e entendido, e por Pero d'Alcaçova seu escrivão da fazenda e de que muito fiava, mandou muitas vezes espiar e vêr, assim no que cumpria para o ancorar e desembarcar do mar como para o assento da terra.

A morte d'este Infante por sua calidade e desamparo foi muito sentida e pranteada n'este reino, e principalmente dos Infantes seus irmãos, que lhe mandaram fazer mui honradas e solemnes exequias e saimento, e seu corpo metido em um ataude, esteve muitos tempos pendurado por cadêas sobre uma porta da cidade de Fez, e depois por convenção que se fez, foram seus ossos trazidos a estes reinos em tempo d'este Rei D. Affonso, no anno de mil quatrocentos e LXXIII, e depois da tomada de Arzilla; os quaes de Lisboa foram levados com grande honra e solemnidade ao mosteiro da Batalha, em que tem sua sepultura especial e honrada na capella d'El-Rei D. João seu padre.

Mas não é da prolongada agonia do imperio portuguez na Asia e na Africa, que por ora temos de tratar; chamam-nos factos e successos realisados n'uma épocha em que ainda a nação se julgava cheia de vitalidade e vigor, posto que os primeiros symptomas de decrepidez fatalmente se tivessem apresentado na perda de Cabo Aguer, e sobretudo no desamparo de Safim, Azamor, Arzilla e Alcacer em tempo de D. João III.

Foi levado o bom do animal para a praia de Arzilla e alli açoutado, até que desappareceu para o lado de Tanger, para onde o instincto o guiava, a dôr o conduzia. No dia seguinte, ao romper d'alva, chegou o novo mensageiro ás portas de Tanger, lasso do caminhar constante e longo. Era de vêr como foi festejada e admirada a lembrança feliz de D. João, bem como o instincto fino da cadella.

Quando o viu, ajoelhou nos degraus delle, E palavras, que as lagrymas cortavam, Lhe dirigiu: Maldicção para alguem pedia ao morto; Mas nada ouviu! Então, livido o rosto, os labios brancos, A fronte lhe pendeu sobre o ataúde Do rei extinto. Expirára ao dizer perdeu-se Arzilla! A Affonso Quinto. Pura em sua innocencia.

Diz mais, o mesmo auctor, na mesma obra e disc. que quando El-Rei D. Affonso V passou á Africa, a tomar Arzilla, o acompanharam cinco irmãos da familia dos Pimenteis, naturaes de Villa Real; e como sendo entrada a cidade, os mouros se fizeram fortes na mesquita, d'onde faziam grande resistencia, sem poderem ser entrados; estes irmãos, tirando os cintos, e atados uns nos outros, os lançaram a uma ameia, e subindo por elles, levantaram uma bandeira, e por alli foi entrada a mesquita, e mortos os mouros.

Estreiara-se em Arzilla, ao lado de seu pae, e logo mostrára um grande esforço; na refrega de Toro, em Hespanha, foi elle quem ganhou a batalha pelo seu lado, emquanto o pae a perdia pelo outro. Nas conspirações, que se faziam contra elle, mostrou sempre uma coragem por ahi alem, mas tambem não perdoava nenhuma.

Luiz de Souza, este pedido deveria ter lugar antes da conquista de Arzilla , época em que o Delfim ainda não era nascido, ou se o era , poucos mezes contava ainda, não podendo por forma alguma ter quinze annos, como affirma o chronista, pois nasceu em 1470.

Eſte pode colher as maçãs de ouro, Que ſamente o Terintio colher pode, Do jugo que lhe pos o brauo Mouro, A ceruiz inda agora nam ſacode: Na fronte a palma leua, & o verde louro, Das victorias do barbaro, que acode A defender Alcaçer forte villa, Tangere populoſo, & a dura Arzilla.

Da Africa septemtrional traz Antonio Infante muitas recordações agradaveis. Ahi vae uma, que elle conta com orgulho patriotico. Nas portas da Arzilla conservam-se ainda as armas reaes portuguezas, e, sempre que um cicerone explica em Arzilla a historia de algumas ruinas, diz aos viajantes: Isto é do tempo do portuguez...

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