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Atualizado: 6 de junho de 2025
Apenas ouvira falar dêsse novo Rabi da Galilea, que alimentava as multidões, amedrontava os demónios, emendava todas as desventuras Obed, homem lido, que viajara na Fenícia, logo pensou que Jesus seria um dêsses feiticeiros, tam costumados na Palestina, como Apolónio, ou Rabi Ben-Dossa, ou Simão, o Subtil. Êsses, mesmo nas noites tenebrosas, conversam com as estrêlas, para êles sempre claras e fáceis nos seus segredos: com uma vara afugentam de sôbre as searas os moscardos gerados nos lôdos do Egipto: e agarram entre os dedos as sombras das árvores, que conduzem, como toldos benéficos, para cima das eiras,
Succedeu-lhe Filippe III, e esse tinha um primeiro ministro chamado conde-duque de Olivares, que imaginou que havia de acabar com os privilegios das provincias, principalmente com os de Portugal. Não pensava n'outra cousa, de fórma que deixava ir as colonias, e no Brazil já os hollandezes tinham tomado raizes, e estavam senhores de Pernambuco. Mas os portuguezes começaram a achar a brincadeira pesada e a refilar ao Olivares. Em 1637 rebentou uma revolta em Evora, foi logo apagada, mas com muito sangue. Peor para o caso. Os fidalgos, que andavam tambem damnados, principiavam a conversar com o duque de Bragança, D. João, e a apalpal-o para ver se elle quereria a corôa. O duque não dizia nem que sim, nem que não. Mas n'isto a Catalunha, que tambem não perdoava ao Olivares a sem-ceremonia com que elle lhe queria tirar os seus antigos privilegios, revolta-se. Boa occasião! Os fidalgos, em Lisboa, sentiam-se cada vez mais dispostos a mandar os hespanhoes para o diabo. O Olivares não fazia senão desesperal-os e atiçal-os. Tinha-lhes dado por governador a duqueza de Mantua, e para secretario do governo um portuguez, Miguel de Vasconcellos, que era mais damnado contra os seus patricios do que se fosse hespanhol. Emquanto deixava perder as colonias portuguezas, Olivares levava os nossos fidalgos e os nossos soldados para as guerras de Flandres e da Catalunha. Lembra-se emfim de dar ordem ao duque de Bragança para que vá para Madrid. Então é que já se não podia estar com pannos quentes. Os fidalgos dizem ao duque de Bragança: Ou acceita a corôa, ou nós pomo-nos em republica. O duque, a final, disse que sim. Com a bréca! aquillo foi um momento. Era um punhado de homens, os que andavam assim a conspirar; elles não sabiam se podiam contar com o povo, nem se não podiam, conspiravam ás claras, que parece que em Lisboa todos sabiam da conspiração menos os hespanhoes; reuniam-se umas vezes em casa de João Pinto Ribeiro, outras vezes em casa de D. Antão de Almada, no jardim. No dia 1 de dezembro de 1640 saem todos para o meio da rua. Eram quarenta, pouco mais ou menos. Chegam ao paço, matam o Miguel de Vasconcellos, agarram na duqueza de Mantua e fecham-n'a á chave, desarmam a guarda, abrem as janellas, e dizem a quem ía passando: Viva o duque de Bragança, rei de Portugal! viva o sr. D. João IV! O povo diz-lhes cá de baixo: Viva! e viva, e viva! e eram uma vez os hespanhoes, e d'ahi a pedaço estava tudo tão socegado como se não tivesse havido cousa nenhuma, e os hespanhoes tinham desapparecido; e aqui têem vocês como se faz uma revolução quando ella está na vontade de todos. Digo-lhes, rapazes, que este dia 1 de dezembro consola uma pessoa. Parecia que o paiz não tinha feito senão acordar de um pesadello. Aquillo foi só saltar da cama abaixo, e elle ahi estava de pé, todo pimpão como em outros tempos. E sabem vocês porque isto foi?
O amor tornava Nuno generoso. Só lamentava que sua mãe tanto tivesse sofrido sem se queixar, transida, conformada com o infortúnio, agarrando-se ainda nervosamente ao seu verdugo como as heras se agarram a uma árvore carcomida, negando-se com obstinação a separar-se dêle e a voltar para o lar paterno, onde seria recebida em festa e onde a sua existência atribulada encontraria suavidade e consôlo porque, a-pesar-de tudo, continuava a amá-lo com ansiedade, com loucura, com uma constância que nunca afrouxou.
São rijas de uma vez! «Agarram como o brêo! «Hão de arrancar os olhos ao marquez, «Meu amo e senhor meu; «E emquanto lhe correr o pranto amargo Protesto que o não largo! «Fidalga sem vergonha, olha os cutellos «Com que eu lhe parto as pernas. «Agarro-lhes depois pelos cabellos, «E, lanço-os nas cisternas. «Porém seu coração traidor, e infausto, «Dos corvos será pasto. «Vá!
Mas sabe você que já me vae enfadando tanta difficuldade? Meu amigo, não se agarram trutas a bragas enxutas... N'estas coisas, é preciso muita paciencia, porque de outro modo não se faz nada. Mas vamos a saber: poderei hoje ao menos convidar alguns amigos para uma ceia? Póde... Se tem dinheiro, póde. Quem é que o ha de impedir? Quem me impediu hontem.
O jornal o jornal, que offerece cada manhã, desde a chronica até aos annuncios, uma massa espumante de juizos ligeiros, improvisados na vespera, á meia noite, entre o silvar do gaz e o fervilhar das chalaças, por excellentes rapazes que rompem pela redacção, agarram uma tira de papel, e, sem tirar mesmo o chapéo, decidem com dois rabiscos da penna sobre todas as coisas da Terra e do Céo.
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