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Em quanto se continuáraõ as Conquistas da India, e a florecente navegaçaõ, empregavaõ-se neste serviço os Fidalgos, e naõ se apercebia o Estado da falta da Educaçaõ no Paço: mas no tempo del Rey Dom Joaõ o Terceyro acabou a Conquista da Affrica, e da India; ja naõ havia mais guerra, que para conservar o conquistado: e como as riquezas eraõ immensas, introduziose o luxo na Fidalguia, e ja se apercebia o Estado da falta da sua Educaçaõ, porque foi o mayor que se conheceo na Europa.

Quem sabe de que modo os Romanos fundavaõ as suas Colonias, e de que modo as conservavaõ, achará quasi tudo o contrario ao que fizemos nas nossas; quem sabe o que fizeraõ os Castelhanos, os Francezes, os Inglezes e as mais Naçoens dos nossos tempos que tem Dominios na America, na Affrica e na Asia, o dano ou o proveito que tiveraõ pelo governo que deraõ a estes Dominios de Ultramar, poderá julgar se as maximas seguintes saõ necessarias ás nossas Colonias ou Conquistas, ou se lhe saõ perniciozas.

Eis aqui quaſi cume da cabeça, De Europa toda, o Reino Luſitano, Onde a Terra ſe acaba, & o Mar começa, E onde Febo repouſa no Occeano: Eſte quis o Ceo juſto, que ſloreça Nas armas, contra o torpe Mauritano, Deitando o de ſi fora, & la na ardente Affrica eſtar quieto o nam conſente.

E aſsi tambem nos conta dos rodeios Longos, em que te traz o Mar yrado, Vendo os coſtumes barbaros alheios, Que a noſſa Affrica ruda tem criado Conta: que agora vem cos aureos freios, Os cauallos que o carro marchetado, Do nouo Sol, da fria Aurora trazem, O Vento dorme, o Mar & as ondas jazem.

E como por toda Affrica ſe ſoa, Lhe diz, os grandes feitos que fizerão, Quando nella ganharão a coroa Do Reino, onde as Hesperidas viuerão: E com muitas palauras apregoa, O menos que os de Luſo merecerão: E o mais que pela fama o Rei ſabia: Mas deſta ſorte o Gama reſpondia.

Verâs de fronte eſtar do roxo eſtreito Socotorâ co amaro Aloe famoſa, Outras ilhas no mar tambem ſogeito A vos, na coſta de Affrica arenoſa, Onde ſae do cheiro mais perfeito A maſſa ao mundo occulta, & precioſa, De ſam Lourenço ve a Ilha afamada, Que Madagaſcar he dalguũs chamada.

E tambem as memorias glorioſas Daquelles Reis, que forão dilatando A Fee, o Imperio, & as terras vicioſas De Affrica, & de Aſia, andarão deuaſtando, E aquelles que por obras valeroſas Se vão da ley da Morte libertando. Cantando eſpalharey por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho & arte.

Que o adulto que foi captivo, ou comprado na Affrica, ou na Isla de S. Lourenço, fique escravo depois que foi bautizado, passe por razoens politicas, e naõ por aquellas do Evangelho; mas que o mesmo se uze com seu filho nacido nos Dominios Portuguezes, e bauptizado nos braços da May Christaã, isto he para mim incomprehensivel!

Todavia estes oito versos apparecem, com ligeiras variantes, em toda a parte. Quommodo sedet sola civitas. Santarem. Portugal em verso e Portugal em prosa. Exquisito lavor de umas portas e janellas de architectura mosarabe. Busto de D. Affonso Henriques. As salgadeiras de Affrica. Porta do Sol. Muralhas de Santarem. Voltemos á historia de Fr. Diniz e da menina dos olhos verdes.

Neste Cabinete vemos as Aves, os Peyxes, os Animais, os Insectos, as Arvores, e as Plantas da Affrica, da Asia e da America; e pela mesma separação vamos notando os Minerais, as Pedras, os marmores, as Pedras preciosas, os Sais, os Bitumes, os Balsamos, e as differentes terras e barros; esta he a Historia Natural, e como he taõ natural saber para que servem estas produçoens da Natureza, o Mestre lhes dirá as propriedades e seu uso na Medicina e nas artes mechanicas e liberais.