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Fosse para onde fosse, eu via a tua imagem, Adorada Maria, envolta na roupagem Tão alva como o arminho, immaculada e honesta: No prado sorridente, em meio da floresta, Sobre os rochedos nús ás vagas sobranceiros, No horisonte sem fim, no dorso dos oiteiros... Por toda a parte, em summa! Adoro-te, Maria!

Via o Alberto a seus pés, timido, como uma creança, segredando-lhe pedidos d'uma volupia embriagante, muito submisso, dizendo-lhe baixinho: Adoro-te ; e a esta evocação tão acariciadora, quente como um arfar da atmosphera no estio, deixava cerrar os olhos, esquecendo o motivo de toda a sua colera e transportando-se com elle ao ceu da sua idealidade; assim disposta achava encantador que elle viesse muito humilde, pedir-lhe o beijo do perdão, affagal-a n'uma reconciliação harmoniosa.

Comtigo murcharam as doces illusões que outr'ora me sorriam como estrellas do céu. «Como a flor tristemente pisada pelo do viandante, assim o meu espirito succumbiu, sob a influencia do teu halito febril. «Sem embargo, eu adoro-te, Alfredo.

Adoro-te portento!... E a Ti levando as mãos, Como ante o sacramento! Os simplices christãos!... D'esta alma és o esteio! Que a tua essencia pura Ampare-me no meio Da minha desventura!... E quando a morte um dia Roubar aos olhos meus, A esplendida harmonia Que formam Terra e ceus: Seguindo prasenteiro A lei que me conduz, Meu grito derradeiro Será por ti oh Luz!

Então esse corpo quebrado pela resistencia, reclinava-se nos braços da voluptuosidade, e a voz que ia terrivel a bradar: «Odeio-te», terminava supplicante a balbuciar: «Adoro-te». Ao vêl-a, disse eu commigo mesmo: «Não quero, não quero ceder a esse imperio inexplicavel.» E minutos depois, surprehendia-me a seguil-a apressadamente pelas ruas de Lisboa.

Talvez tu penses, minha pobre amiga, que esse senhor, discreto, ameno, gracioso, condescente, que acha graça a tudo que tu dizes, que concorda com todas as tuas opiniões, que ás vezes se ajoelha submissamente aos teus pés, e te diz baixinho adoro-te! com uma expressão de tenor em disponibilidade, que se delicia com as tuas toilettes, que muita attenção á variedade artistica do teu penteado, que é, emfim, todo teu no sentido falso d'esta palavra, pensa tudo quanto diz, e se conservará por muito tempo n'esse adoravel e massador diapasão?..

Ahi amava-te menos, porque perderia o amor de mim proprio, o amor que me extrema do vulgo, o illustre vulgo, que é o derradeiro plebeismo, sem individualidade, sem classe, sem mais religião que a das sensações. «Corinna, não te aviltes em te julgares menos amada. Adoro-te respeitosamente; porque sei que rejeitas o sacrificio da minha dignidade.

Oh!... e quem me dera poder hoje abraçar-te, e depois n'um extasi delirante, dizer-te: Leonor, benefica luz dos meus olhos; amo-te, adoro-te, sou teu. Mas um dia virá em que te poderei dizer desafogadamente: agora, por toda a vida, meu amor, jámais me verás longe de ti! Louco, que eu sou, na verdade! Insensato!... a dispôr do futuro, como se meu fora. Embora! Deus é bom! Não sejamos incredulos!

Por fim, disse ella: «Eu devo fazer-te horror! Fazes. Ergueu-se, levantou as mãos ao céo, lançou-se a mim, como sobre uma preza, apertou-me entre os braços, sentou-se-me nos joelhos, peito a peito, e a buscar-me os labios, com estas exclamações: Não importa! eu adoro-te sempre. Mas eu, levantando-me, sacudi-a, e atirei-a ao chão, e ella ahi ficou.

Agarrada ao pescoço de Zarco, ella batia os dentes, tresvairada n'uma paixão. Viram-nos, Jesus. Não, escuta, redarguia elle sopeando os cavallos. Em roda, iam e vinham as sombras, no pavor das coisas sonhadas a arder em febre. Ella exaltara-se: adoro-te. Mas, por Deus, não grites! dizia elle. Davam beijos de lava, o amplexo accendia-os, nenhum luctava, foram-se possuindo...

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