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Mal a noite descesse, com o oiro metido nos alforges, guiando a fila das éguas pelos trilhos da serra, subiria a Medranhos e enterraria na adega o seu tesoiro!

Mas como? ¿Que bôlsas de oiro podem pagar um filho? Então um vélho de casta nobre lembrou que ela fôsse levada ao tesoiro rial, e escolhesse de entre essas riquezas, que eram como as maiores dos maiores tesoiros da Índia, todas as que o seu desejo apetecesse...

Oh! D. Rui, o avisado, era veneno! Porque Guannes, apenas chegára a Retortilho, mesmo antes de comprar os alforges, correra cantando a uma viela, por detrás da catedral, a comprar ao vélho droguista judeu o veneno que, misturado ao vinho, o tornaria a êle, a êle sómente, dono de todo o tesoiro. Anoiteceu.

A vaga estende os braços a suster, Numa dôr de revolta cheia de ira, A doirada cabeça que delira Num último suspiro, a estremecer! O sol morreu... e veste luto o mar... E eu vejo a urna d'oiro, a baloiçar, Á flôr das ondas, num lençol d'espuma! As minhas Ilusões, dôce tesoiro, Tambem as vi levar em urna d'oiro, No Mar da Vida, assim... uma por uma... *Neurastenia*

E como se mão invisível o erguesse, devagar, serenamente, enxugando-lhe da orla das pálpebras a última lágrima de sangue deposta ali pela sua alma, o pobre foi submissamente escoando-se para o quarto contíguo, onde sua mulher estava, o seu anjo, o seu tesoiro, a sua vida... E foi submissamente, como um cão duramente batido que volta aos afagos do dono, que sobre os lábios da adormecida esposa, secos, pálidos, desbotados, ao claro luar vindo do céu, o triste uniu os seus lábios frementes, ...num beijo suavíssimo de perdão.

A raínha tomou a mão da serva. E sem que a sua face de mármore perdesse a rigidez, com um andar de morta, como num sonho, ela foi assim conduzida para a Câmara dos Tesoiros. Senhores, aias, homens de armas, seguiam, num respeito tam comovido que apenas se ouvia o roçar das sandálias nas lages. As espessas portas do Tesoiro rodaram lentamente. E, quando um servo destrancou as janelas, a luz da madrugada, clara e rósea, entrando pelos gradeamentos de ferro, acendeu um maravilhoso e faiscante incêndio de oiro e pedrarias! Do chão de rocha até

Dois corvos de entre o bando que grasnava, alêm nos silvados, tinham pousado sôbre o corpo de Guannes. A fonte, cantando, lavava o outro morto. Meio enterrada na erva negra, toda a face de Rui se tornára negra. Uma estrelinha tremeluzia no céu. O tesoiro ainda está, na mata de Roquelanes.

Então Rui, que era gordo e ruivo, e o mais avisado, ergueu os braços, como um árbitro, e começou por decidir que o tesoiro, ou viesse de Deus ou do demónio, pertencia aos três, e entre êles se repartiria, rígidamente, pesando-se o oiro em balanças. ¿Mas como poderiam carregar para Medranhos, para os cimos da serra, aquele cofre tam cheio?

Toc, toc, é noite... ouvem-se ao longe os sinos, Moleirinha branca, branca de luar!... Toc, toc, e os astros abrem diamantinos, Como estremunhados cherubins divinos, Os olhitos meigos para a ver passar... Toc, toc, e vendo sideral tesoiro, Entre os milhões d'astros o luar sem veo, O burrico pensa: Quanto milho loiro!

Palavra Do Dia

dormitavam

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