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E talvez um dos seus rapazes apparecesse na estrada com uma eguasita que elle comprára pela Paschoa e que, por desgraça, tambem mancava!... Immediatamente, com um salto leve, o Fidalgo da Torre desmontou: Bem! Então, egua por egua, vocemecê tem aqui esta... O Sôlha embasbacou para Gonçalo: Ora essa! Santo nome de Deus!... Pois eu havia de ir a cavallo, e V. Ex.^a a ?

O mais velho, um avejão escuro, sem dentes, e a face mais engilhada que uma ameixa secca, esmurrou com euthusiasmo o balcão: «Isto, rapazes, é fidalgo que, quando um pobre de Christo escalavra a perna, lhe empresta a egoa, e vae elle ao lado mais d'uma legua a , como foi com o Sôlha! Rapazes! isto é Fidalgo para a gente ter gostoAs saudes atroaram a venda.

Até , sempre me hei-de arrastar. E então, d'essa gente toda, que ahi estava ha bocado, ninguem o poude ajudar?... Uma carriola, dous latagões... Uma rija guinada, no teimoso esforço de firmar a perna, arrancou um grito ao Sôlha. Mas sorriu, arquejando... Que queria o Fidalgo? Cada um, n'este mundo, tem a sua pressa... Emfim, a rapariga do burro promettêra passar pela Finta, para avisar.

sem embaraço, direito no sellim, no gosto d'aquella intimidade com o Fidalgo da Torre, o Sôlha esquecia a chaga, a dôr que adormentára. E á estribeira do Sôlha, attento e sorrindo, o Fidalgo estugava o passo na poeira branca.

Julio, a concertar um socalco, para ajudar um compadre tambem doente com maleitas e, zás, desaba um pedregulho, que tópa na ferida, leva a carne, lasca o osso, o deixa n'aquella lastima!... Até rasgára a fralda para ensopar o sangue e amarrar por cima o lenço. Mas assim não póde andar, homem! D'onde é vocemecê? De Corinde, meu Fidalgo. Manoel Sôlha, do logar da Finta.

Antes porém de desembocar na Bica-Santa, e perto do logar do Serdal, a estrada de Corinde quebra n'uma volta: e, ahi, de repente, a egua pulou, n'um reparo, que obrigou o Fidalgo da Torre, desconfiado da pericia do Sôlha, a deitar a mão á caimba do freio.

E o Sôlha, logo submisso ante aquella força deslumbrante do Saber superior, agarrou em silencio a crina da egua, enfiou respeitosamente o estribo, ajudado pelo Fidalgo, que, sem tirar as luvas brancas, lhe amparava o entrapado e manchado de sangue. Depois, quando elle repousou no sellim com um ah! consolado: Então que tal?

Mas Sanches Lucena despediu um grito: Oh! Sr. Gonçalo Ramires! V. Ex.^a traz sangue na mão! O Fidalgo reparou, espantado. Sobre a luva de camurça branca resaltavam duas manchas arroxeadas: Não é sangue meu! foi naturalmente quando o Sôlha montou, e eu lhe segurei o escalavrado... Arrancou a luva, que arremessou para as hervas bravas, por traz do banco de pedra.

A egoa não tardou, a tróte largo, montada pelo filho do Sôlha, que, ao avistar o Fidalgo, saltou á estrada, de chapeu na mão, encouchado e encarnado, balbuciando que o pae chegára bem, pedia a Nosso Senhor lhe pagasse a caridade... Bem, bem! Recados a teu pae. Que estimo as melhoras. mandarei saber. N'um pulo montára galopava pelo facil atalho da Crassa.

E até o trintanario ria pasmadamente para o Sôlha. Mas , com o seu desembaraço elegante, Gonçalo, n'um relance, saudára D. Anna, apertava com fervor a mão espantada do Sanches Lucena, e, alegremente se congratulava por aquelle encontro ditoso! Pois vinha justamente da Feitosa! E ahi soubera com desgosto, por um moço da quinta decerto exagerado, que o Sr.

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