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O nome de Guiné, applicado primeiro de um modo vago a todo o occidente de Africa, veiu depois a dar-se mais especialmente á terra dos negros, aos quaes os primeiros historiadores das nossas conquistas, como por exemplo Azurara, chamam muitas vezes guinéos. O rio Senegal determinava rigorosamente o limite septentrional da Guiné, pois que as differenças de vegetação e de clima, e a passagem dos berbéres ou mouros da margem direita aos negros Jallofs da margem esquerda estabeleciam ahi uma transição rapida, que não escapou á observação dos nossos . Dava-se por tanto o nome de costa de Guiné, á que corria para o meio-dia do Senegal, e ás vezes o de costa de Anterote, á que ficava ao norte entre o cabo Branco e a foz do dito rio. O limite meridional da Guiné, não era bem definido, e parece ter-se designado com aquelle nome toda a Senegambia, assim como toda a região, que hoje o conserva mais especialmente e limita pelo norte o golfo de Guiné.

A Hostia de oiro era o Sol que um negro do Senegal perseguia no poente, andando de terra em terra a ver se o colhia para commungar com os da sua tribu caminhando por montes altos quando elle tombava, até que morreu de desespero e saudades em uma terra do Norte, deixando-se matar e enterrar pela neve quando viu que, depois de dois mêses, a linda hostia não apparecia.

Pelo lado do norte a malagueta começa a encontrar-se desde o cabo Verde, ou talvez mesmo desde o Senegal. Parece porém ser bastante rara na região proxima ao mar, que corre da foz d'este rio á do Gambia. A que por ahi se vende é trazida do interior pelos mandingas, e provém do alto Senegal, alto Gambia, e das terras de Bambará.

Após o Cabo Bojador, descobriu Nuno Tristão, em 1443, o Cabo Branco, e em 1449, Cadamosto, o Cabo Verde e o Senegal, onde encontrou marfim, ouro e hordas de pretos, que conduziu para os Algarves, começando então o trafico de escravos Africanos na Europa. Dous papas mandam bullas de concessão de todas as terras além do Cabo Bojador, elogiando e preconisando de heroe o Principe.

Uma palmeira do Senegal envolvia o tronco na quasi perfeita espiral das folhas largas e flexiveis. As paredes, terminando em velhos Aubussons, eram enfeitadas por placas de prata, de muitos braços, sustentando globos baços, que espalhavam uma claridade discreta. O grande salão Luiz XVI, branco e ouro, era illuminado por um lustre enorme, e ornado de oito espelhos.

Levantada a Villa Nova do Infante, reunidos em Sagres os mais esclarecidos varões, alli se discutem as theorias mais adiantadas, e se lançam os primeiros fundamentos do mais vasto imperio colonial; e d'alli partem ousados Antão Gonçalves, Diniz Fernandes e Nuno Tristão. Descobrem o Senegal, passam Cabo Verde, e chegam ao Gambia.

Por que se não chegaria ao mar tenebroso, como se intitulava o Atlantico proximo ao equador, ás zonas torridas, que se pintavam inaccessiveis e inhabitaveis? Por que se não dobraria a Africa, que se pensava acabar á 10 gráos de latitude Norte, correndo então para o oriente á ajuntar-se ás Indias, conforme os dizeres dos Arabes, que de Marrocos por terra chegavam até quasi o Senegal?

Mr. d'Aprés diz pag. 13 edição de 1775. «Quando qualquer Navio não tiver destino particular, nem para o Senegal, nem para Goréa, e que a necessidade de agua, e outros refrescos, lhe fação preferir a escala por S. Tiago; em lugar de irem reconhecer a Costa da Africa, será mais conveniente, que partindo das Canarias dirijão a sua derrota para o Sul, a fim de se pôrem 25, ou 30 leguas a Leste da Ilha da Boavista, e na Latitude de 16^o, que he a do meio desta Ilha, e navegar para Oeste até a encontrar: eis-áqui a derrota que Mr. d'Aprés.

Corria o XV seculo quando os portuguezes dobraram o cabo do Bojador. Transposta esta temerosa meta das anteriores navegações, alongaram-se uns após outros e á porfia pela costa do Sahará, devassando os segredos do mar tenebroso, e delineando nas cartas os contornos do grande continente africano. Attingiram emfim a foz do Senegal e penetraram pelo occidente na terra dos negros, aonde os arabes haviam chegado pelo oriente e pelo centro. Costeando as praias da Guiné, e penetrando nas suas bahias e enseadas, subindo o curso do Senegal e do Gambia, explorando os vastos estuarios do rio de Cacheo, ou do rio de Geba, os portuguezes familiarisaram-se rapidamente com as principaes producções das novas terras. Nenhuma substancia vegetal attraiu mais as attenções do que a malagueta. O exame detido, que fizemos dos documentos contemporaneos, mostrou-nos o alvoroço com que foi acolhido o encontro da celebre especiaria, e o rapido incremento tomado pelo seu commercio, dando o nome a uma vasta região. Mostrou-nos tambem, o que mais nos interessa, como os portuguezes observaram a planta, até então desconhecida dos povos da Europa.

Dissiparam-se, portanto, os sustos; e os navios foram seguindo, costa abaixo, por Cabo-Verde, a Guiné, onde, cheios de satisfação, os mareantes aprisionam os primeiros negros os azenegues do Senegal.

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