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E o bando espavorido se arremessára sobre o reposteiro quando Gracinha appareceu, com um fresco vestido de sedinha côr de morango, sorrindo, pasmada, para o tropel que rolava: Que foi? Que foi?... Um clamor abafado envolveu a dôce senhora ameaçada: As Louzadas! Oh! Fugidiamente o Titó e João Gouveia apertaram a mão que ella lhes abandonou, esmorecida. A sineta do portão tilintára, temerosa!

Podiam amar-se com peixe frito, e amar-se-iam assim ha vinte annos; agora o exercito ama comendo morango, fructa que parece haver nascido para se comer de luvas, tão pequenina e rosada é! Quando recolhia, vinham adeante de mim dois pequenitos, com os seus livros sobraçados. Pelo que diziam, deprehendi que entravam n'aquelle dia o exame d'instrucção primaria. Levas medo? perguntava um. Eu não.

Acabavamos o almoço, quando um escudeiro, muito discretamente, n'um murmurio, annunciou Madame d'Oriol. Jacintho pousou com tranquillidade o charuto; eu quasi me engasguei, n'um sorvo alvoroçado de café. Entre os reposteiros de damasco côr de morango ella appareceu, toda de negro, d'um negro liso e austero de Semana Santa, lançando com o regalo um lindo gesto para nos socegar. E immediatamente, n'uma volubilidade docemente chalrada:

N'uma barraca do mercado, um soldado da guarda municipal offerecia morangos a uma criada de servir. Que delicado amor aquelle, que elles iam mettendo na massa do sangue! O morango é a fructa mais innocente, mais saborosa, talvez a mais agradavel, e este facto, que eu presenciei, depõe realmente muito a favor da educação do nosso exercito.

Uma madeira branca, laccada, mais lustrosa e macia que setim, revestia as paredes, encaixilhando medalhões de damasco côr de morango, de morango muito maduro e esmagado: os aparadores, discretamente lavrados em florões e rocalhas, resplandeciam com a mesma lacca nevada: e damascos amorangados estofavam tambem as cadeiras, brancas, muito amplas, feitas para a lentidão de gulas delicadas, de gulas intellectuaes.

Bocca de morango, voz de seraphim... Venda, venda. O senhor marquez gosta de si. Era o tempo das florações e dos ninhos. Divinas juventudes explodiam d'amor nas seivas da terra, na luz e nos perfumes do ar. O céo dôce, todo o campo uma distillaria d'essencias: baixo, na aldeia, as romarias começavam, e os casamentos tambem.

Ah! bem sei, disse-me eu, tu, uma rapariguinha corada, muito aceiadinha, com dois signaes pretos nas duas faces, tu, que podes ser mestra de meninas ou femme de comptoir nos bazares do Palacio, que nasceste mais para andar em cima d'um prato do que em cima dos tacões, tu, haverias nascido morango, sim, morango, d'aquelles de que se comem duas duzias, pela manhã, antes d'almoço.

Mas cada janella aberta ás aragens da tarde, cada cortina de cassa engommada me lembrava a intimidade da alcovinha da Adelia; n'um simples par de meias, esticado na vitrina de uma loja, eu revia com saudade a perfeição da sua perna; tudo o que era luminoso me suggeria o seu olhar; e até o sorvete de morango, no Martinho, me fazia repassar nos labios o adocicado e gostoso sabor dos seus beijos.

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