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Quando cheguei ao quarto estavam todas as lampadas accesas e a engommadeira dormia a respirações baloiçadas tendo aberto entre os dedos na gravura do Christo um livro de missa todo ensopado em tinta verde e que era a unica recordação que eu trouxera de Campolide. Os labios d'ella estavam fortemente pintados de vêrde­esmeralda! Era muito pra do cemiterio mesmo na volta das furnas.

As fragarosas Quebradas que o luar beija, misteriosas Furnas, boccas de terra, murmurantes, Arvoredos extaticos orando, Rochedos, na penumbra, meditando, Desfeitos em ternura, esvoaçantes, Pairam tambem no espaço comovido, Das primeiras estrelas ferido, Todo em luar e sombra amortalhado... E eu choro sobre um monte abandonado...

Os carros da estrada quando passavam por ali iam mais depressa e de noite não passavam. De noite a volta das furnas ficava sósinha. Um dia appareceu uma cruz negra muito mal-feita e ainda ha muita gente no logar que diz que viu com os proprios olhos a cruz negra do moinho velho toda accesa de noite. Uma noite foi tão grande o clarão que até houve sinos a rebate julgando ser fogo.

Pelo menos o mar, nas suas incansaveis arremettidas contra as furnas da Ericeira, recordará eternamente a verdade sublime, a hipotiposis felicissima d'este notavel trecho de poesia descriptiva, e simultaneamente o nome de Mendes Leal. O oceano vingará a ingratidão dos homens. Gonçalves Crespo

No que respeita a Mendes Leal devo lembrar uma honrosa, postoque modesta, homenagem que lhe prestou a villa da Ericeira. Ha ali uma rua com o seu nome. Devia-lhe este preito aquella pittoresca praia, que elle cantou em 1857 na poesia Mare magnum. A descripção das furnas, tão bellas e tão agrestes, é de mão de mestre: Não vos lembraes?

Equilibrado o fluido dos ares, Não os oiço bramir!... Mas quem perturba A dilatada calma, a paz tranquilla? Quem rouba ao ar pacifico equilibrio? Talvez, talvez, que, exhalações rompendo Do terreo globo, e tenebrosas furnas, Ou sobre o eixo a rotação diurna Da Terra seja do prodigio a fonte!

Passou-me pela mente um presentimento horrivel. Branca costumava ir sentar-se sobre uma rocha que se debruça sobre o mar, e em cujas furnas as vagas restrugem com um stridor surdo, como o anceio do ultimo esforço n'uma lucta desegual. Protegida pelo nevoeiro da madrugada, mais veloz que a ondina da mythologia slava, a pobre fôra saciar os pulmões ralados da febre lenta que a devorava.

Restam S. Sebastião e as Furnas, que são o pão nosso de cada dia, pela simples razão de não haver por onde variar. Acontece que, sendo poucos os passeios, toda a gente se encontra marchando sobre o mesmo terreno, como se estivesse fazendo sentinella. Por isso, a cada momento esbarramos com os mesmos adultos e com as mesmas creanças, sempre muitas creanças, principalmente este anno.

«Para vós, Borgias, para vós, raça de Locusta, e de Brinvilliers, para vós, envenenadores impunes, o patibulo n'este mundo, d'onde fugiu espavorida a vergonha e a justiça; e as caudaes de sulphur em combustão eterna nas furnas tartareas, onde é de que urros medonhos um condemnado chamado Nicot, que trouxe para a Europa o tabaco, e teve a impudencia de o trazer a Portugal em 1560, onde viera com embaixada de França.

Grandes crustaceos, mettidos em furnas escuras, expelliam raios de luz dos olhos, e estes focos chammejantes possuiam o poder da attracção. O crustaceo, perfeitamente immovel no seu esconderijo, tinha menos trabalho do que a aranha na sua teia, pois apenas dava-se ao encommodo d'abrir a bocca, na qual o magnetizado peixe se precipitava. Era o processo do sapo!

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