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Esteve alli desde outubro até ao fim das neves. Feirão é uma parochia pobre de pastores e n'aquella época quasi deshabitada. Amaro passou o tempo muito ocioso, ruminando o seu tedio á lareira, ouvindo fóra o inverno bramir na serra. Pela primavera vagaram nos districtos de Santarem e de Leiria parochias populosas, com boas congruas.

No meio d'este silencio ouviu-se o vento bramir com mais força, para depois gemer com mais tristeza, parecendo que se estabelecia um dialogo entre os espiritos atmosphericos, e que aos rugidos ameaçadores de um demonio respondiam as queixas plangentes de um ente fraco e debil. De subito ouviu-se ao longe, ao longe, vibrar uma badalada no sino de S. Martinho de Alpedrinha.

Nós que, longe da terra, ao vulgo extranhos, vivemos facil vida anachoreta por solidões de imaginario mundo; que os loiros para nós por nós plantados ouvimos sussurrar por sobre o colmo da ermidinha onde as musas nos visitam; nós, nós, a quem deu alma a Natureza, não terrea, não mortal, não simples alma, de instinctos animaes fugaz composto, mas generosa, esplendida, sublime, mixto da etherea luz, do olor das rosas, do gorgeio do cysne, e do profundo bramir do Oceano, e do beijar das rolas, e do albor melancolico da lua, e da calma do estio, e das sonoras bafagens tuas, Héspero, e do lume trémulo e scismador dos longes astros, não pomos preço vil ao que é sem preço.

O arpão silvou, embebeu-se; um bramir de agonia, e o animal prostrou-se, enquanto o rebanho, espantado, desfilava pelo balsedo, deixando o alce imóvel, a devassar com os olhos a espessura da mata. Um minuto depois, o grande veado aproximou-se da vitima, e escarvou nervosamente o solo, dominado, ao mesmo tempo, pelo desejo da vingança e o receio do desconhecido.

Ali ja ao estampido dos trovões se juntava o bramir da cataracta, e era qual produziria sons mais roucos e medonhos. O dia amanheceu chuvoso, e até ás 9 horas foi impossivel sahir das barracas. A essa hora rasgou-se o ceo nublado, e o sol veio illuminar a esplèndida paizagem. Contudo era difficil caminhar n'um terreno encharcadissimo e lodôso.

Equilibrado o fluido dos ares, Não os oiço bramir!... Mas quem perturba A dilatada calma, a paz tranquilla? Quem rouba ao ar pacifico equilibrio? Talvez, talvez, que, exhalações rompendo Do terreo globo, e tenebrosas furnas, Ou sobre o eixo a rotação diurna Da Terra seja do prodigio a fonte!

Tu vel'a, quando o Sol lhe affasta os raios Do seu formoso olhar durante o inverno, A amante debulhar-se em pranto eterno, Das gallas se despir; Em valle e monte as folhas, com tristeza, Dos troncos com os ventos desprendendo-se, E o mar, co'os ceus em lucta contorcendo-se, Raivoso aos ceus bramir!...

Embebido n'um sonho doloroso, Que atravessam phantasticos clarões, Tropeçando n'um povo de visões, Se agita meu pensar tumultuoso... Com um bramir de mar tempestuoso Que até aos céos arroja os seus cachões, Atravez d'uma luz de exhalações, Rodeia-me o Universo monstruoso... Um ai sem termo, um tragico gemido Echoa sem cessar ao meu ouvido, Com horrivel, monotono vaivem...

Mas o tempo transforma em profunda ravina O leito onde mais viva a torrente passou; A onda continua a correr nessa ruina, Mas, de funda que vae, aos olhos se occultou. Desde então não se escuta o bramir da tormenta, Mas da face tranquilla e dos olhos enxutos Ninguem inveje a paz que essa calma apparenta: Vae cheio o coração de lagrimas e lutos!

Ai daquelle que, impenitente, acordar ao som da ultima trombeta tincto no sangue injustamente derramado de algum de seus irmãos! Em verdade vos digo que para esse não ha perdão, mas o ranger de dentes e o bramir sempiterno. Povo! Onde estão os teus sabios, os teus generaes, os teus nobres, os teus abastados, os teus homens virtuosos!

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