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Musa, canta o despeito de Marianna, esposa do bacharel Conrado Seabra, naquella manhã de abril de 1879. Qual a causa de tamanho alvoroço? Um simples chapéo, leve, não deselegante, um chapéo baixo. Conrado, advogado, com escriptorio na rua da Quitanda, trazia-o todos os dias á cidade, ia com elle ás audiencias; não o levava ás recepções, theatro lyrico, enterros e visitas de ceremonia.

Não digo que seja feio; mas é para fóra, para andar na visinhança, á tarde ou á noite, mas na cidade, um advogado, não me parece que... Que tolice, yayá! Pois sim, mas faz-me este favor, faz? Conrado riscou um phosphoro, accendeu o cigarro, e fez-lhe um gesto de gracejo, para desconversar; mas a mulher teimou. A teima, a principio frouxa e supplice, tornou-se logo imperiosa e aspera.

E que não fosse o mais proprio, era o de longos annos; era o que quadrava á physionomia do marido... Conrado entrou por uma porta lateral. Marianna recebeu-o nos braços. Então, passou? perguntou elle, emfim, cingindo-lhe a cintura. Escuta uma cousa, respondeu ella com uma caricia divina, bota fóra esse; antes o outro. FIM DO CAPITULO DOS CHAP

Hontem no theatro de D. Maria primeira representação da Magdalena, especie de Dalila, de Octave Feuillet, localisada entre o Arco do Bandeira e o da Rua Augusta, como presente malicioso de Pinheiro Chagas ás curiosidades do chic, na Baixa. N'este drama ha tres typos principaes: O amante Um Hamlet de aldeia, um Conrado, um cavalleiro negro de Figueiró dos Vinhos.

Marianna foi á vidraça, e espiou. Conrado entrava lentamente, olhando para a direita e a esquerda, com o chapéo na cabeça, não o famoso chapéo do costume, porém outro, o que a mulher lhe tinha pedido de manhã.

Não dava outra, nem da casaca nos enterros, nem do jantar ás duas horas, nem de vinte usos mais. E tão afferrado aos habitos, que no anniversario do casamento da filha, ia para ás seis horas da tarde, jantado e diggerido, via comer, e no fim acceitava um pouco de doce, um calix de vinho e café. Tal era o sogro de Conrado; como suppor que elle approvasse o chapéo baixo do genro?

Joaõ de la Caille na sua Historia da Impressaõ, de quem tirey a mayor parte destas noticias, diz que Roma fora a primeira Cidade aonde se principiou a exercitar esta Arte no anno de 1467. sendo Pontifice Paulo II, e que o primeiro Livro, [~q] ahi imprimiraõ Conrado Suvenhein, e Arnoldo Parmarts, fora a Cidade de Deos de Santo Agostinho, e que por isto se ficara chamando a letra em que esta Obra foy impressa, com o mesmo nome do Santo; porèm eu entendo, que Joaõ de la Caille se engana, se he certo o que pessoas dignas de mayor credito me affirmaraõ, dizendome que na Livraria de huma das primeiras Casas deste Reyno se acha hum Livro impresso em Lisboa sem data, porèm em lugar della, se nelle, que fora impresso 8 annos depois de se inventar a Arte da Imprimissaõ; (saõ palavras do mesmo Livro) e como o mesmo de la Caille assenta, que os primeiros Livros se principiaraõ a imprimir no anno 1450. sendo certa a noticia da nossa primeira ediçaõ, tambem fica sem duvida, que em Lisboa havia Impressaõ no anno 1458. que saõ nove annos antes que esta Arte se exercitasse em Roma, como diz o mesmo de la Caille; mas sobre esta materia espero tratar mais com extençaõ em outra Obra a [~q] mais propriamente pertence. Foy tal o progresso, [~q] em breve tempo fez esta utilissima Arte, que dentro do mesmo seculo de 400. se introduzio o seu uso nas Cidades mais principaes de Europa, e os que a exercitaraõ, tiveraõ tanta estimaçaõ, que mereceraõ occupar muitos lugares, e Officios pela sua capacidade, a qual parece que adquiriraõ pelo mesmo emprego em que se occupavaõ, tirando do seu trabalho o melhor lucro no estudo [~q] faziaõ, e pelas noticias com [~q] se instruiaõ. Sirva a todos de exemplo o celebre Aldo Manuntio, que floreceo no mesmo seculo de 400. e a quem devem os Professores da Lingua Latina a mayor luz para penetrarem os mysterios mais escuros, e o methodo mais efficaz de se aproveitarem das riquezas deste Thesouro da erudiçaõ. Os louvores desta Arte naõ cabem nem ainda em tantos volumes, quantos por ella se tem publicado, porque todas quantas ediçoens se fizerem pelos seculos futuros, todas seraõ novas provas da sua utilidade, porque ninguem negar

No mais era constante, e isto desde cinco ou seis annos, que tantos eram os do casamento. Ora, naquella singular manhã de abril, acabado o almoço, Conrado começou a enrolar um cigarro, e Marianna annunciou sorrindo que ia pedir-lhe uma cousa. Que é, meu anjo? Você é capaz de fazer-me um sacrificio? Dez, vinte... Pois então não mais á cidade com aquelle chapéo. Porque? é feio?

E Frederico de Eveshim, escravo de Conrado Imperador, que, sabendo que vinham para o matar, o fez sahir do paço, e se deitou na sua cama, onde, cuidando os inimos que era Conrado, o mataram: o outros muitos escravos sem nome, que mereciam que o seu ficasse eterno por memoria de sua fidelidade.

Conrado despediu-se ceremoniosamente e sahiu. A irritação da dama tinha afrouxado muito; mas, o sentimento de humiliação subsistia. Marianna não chorou, não clamou, como suppunha que ia fazer; mas, comsigo mesma, recordou a simplicidade do pedido, os sarcasmos de Conrado, e, posto reconhecesse que fôra um pouco exigente, não achava justificação para taes excessos.

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