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A forma d'esse livro é quasi classica; mas no emtanto, atravez aquellas paginas, quanta melancolia, quanta amorosidade; ás vezes phrases dignas de Shakespeare, Balzac ou Byron, como essa do episodio de René: «foule, vaste désert d'hommesHugo veio fazer no verso o que Chateaubriand fizera na prosa; deu á lingua assucarada e debil, vibração, enthusiasmo e consistencia.

Nas Memorias d'além campa Chateaubriand confessa não ter tido em vista fito mais alto do que esse interesse dynastico, ao servir a politica bellicosa do momento e levar a cabo as decisões do Congresso de Verona, parallelamente reduzindo a questão hespanhola, de européa a franceza, o que traduzia uma decidida vantagem nacional.

O meu amigo parece tambem pensar que o seculo XVIII foi immoral por excesso de sciencia nas mulheres, e impio volta a terrivel palavra! por excesso de philosophia nos homens. Mas onde é que está isto demonstrado? Em Chateaubriand, que se esqueceu de metrificar o Genio do Christianismo, unica qualidade que falta ao livro para poder ser recitado ao piano?

O inquieto Chateaubriand e o desesperante Byron tinham feito as suas obras no meio das agitações d'essa Europa, de que elles invocaram o passado, poetisando-o com as saudosas melancolias que desperta em todas as mentes doloridas. Na Allemanha Goethe e os irmãos Schlegels, Leopardi na Italia, cunhavam os seus escriptos com esse desespero de descontentes, de sempre tristes.

No seculo dezanove, o seculo dos estudos historicos e da philosophia positiva, vemos o sentimento religioso expresso com uma vivacidade admiravel nas obras de Victor Hugo, Lamartine, Chateaubriand, Manzoni, Walter Scott, Lamennais, Renan, Thierry, Guizot, Michelet, Flammarion, Tolstoi e muitos outros.

D'ahi, desse livro secular e immenso, é que eu tirei as paginas do Guarany, as de Iracema, e outras muitas que uma vida não bastaria á escrever. D'ahi e não das obras de Chateaubriand, e menos das de Cooper, que não eram senão a copia do original sublime, que eu havia lido com o coração.

O Chateaubriand português, o defensor mais eloquente que o christianismo teve em Portugal e cujo merito litterario é comparavel ao de S. Paulo e Santo Agostinho, foi tambem o adversario mais implacavel do jesuitismo e da reacção ultramontana. O sublime auctor da Harpa do crente e do Parocho d'aldeia recebeu do beaterio fanatico e d'aquelles hypocritas para quem a religião é apenas um instrumento de politica os epithetos de impio, de irreligioso, de anti-christão e até de atheu.

Guizot escreveu algures palavras de respeito ao author e ao livro; Lopes de Mendonça tambem, e Garrett escreveu simplesmente no Tractado da educação: «Mr. de Chateaubriand diz em sua obra immortal do Genie du Christianisme, etc.» O meu amigo dir-me-ha agora se Guizot, Garrett e Lopes de Mendonça são uns futeis.

O melhor é d'aqui a quinze dias. D'aqui a quinze dias pela manhã, sou certa. E rindo com os seus largos dentes frescos: Parece que o estou a vêr traduzir Chateaubriand com a mana Luiza! Como o tempo passa! Passa bem a senhora sua mana? perguntou Amaro. Sim, bem. Está n'uma quinta em Santarem.

Assim o romancista brasileiro que buscar o assumpto do seu drama nesse periodo da invasão, não póde escapar ao ponto de contacto com o escriptor americano. Mas essa approximação vem da historia, é fatal, e não resulta de uma imitação. Si Chateaubriand e Cooper não houvessem existido, o romance americano havia de apparecer no Brasil á seu tempo.

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