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Alcacer, alcacer pela arraya-miuda! A repousar, amigos!" "Alcacer, alcacer! respondeu a turbamulta. "Morra a comborça!" gritou Ayras Gil com voz de trovão. "Morra a comborça!" repetiram os galeotes e as virtuosas matronas dos coromens d'arrás e cinctos pretos, que assistiam áquelle conclave. "Olha, Ayras, que S. Martinho fica perto, e contam que D. Leonor tem ouvido subtil:" disse Fr.

Viam-se entre estes o alferes-mór Ayras Gomes da Silva, ancião veneravel, que fôra seu aio, o orgulhoso mordomo-mór D. João Affonso Tello, Gil Vasques de Resende, aio do infante D. Diniz, o prior do hospital Alvaro Gonçalves Pereira, e muitos outros fidalgos que ou seguiam a còrte, ou tinham vindo assistir ás bodas reaes.

Á palavra mentes! um relampago de vermelhidão passou pelas faces cavadas do antigo cavalleiro: abaixou os olhos, e correu-os pela espada. Fôra esta a primeira vez que ella ficára na bainha depois de tão funda affronta. Mas aquelle era o momento dos grandes sacrificios. Ayras Gomes replicou, alimpando as lagrymas: "Nunca vos menti, senhor, nem quando ereis na puericia, nem depois que sois meu rei.

Roy era de todos os circumstantes o que mais parecia ter a peito esta escolha, e o petintal Ayras Gil ajudava-o poderosamente com o ruido dos amplos pulmões dos galeotes d'Alfama, contrabidos como em voga arrancada, victoriando o seu capitão.

Roy: objecto da disputa Fernão Vasques; arguente o petintal; defendente o beguino. "Que não vira, vos digo eu: gritava Ayras Gil. Disse-m'o Garciodonez, o mercador de pannos, que mora ao cabo da rua-nova, aos açougues, defronte das taracenas d'elrei." "Mentiu pela gorja como um perro judeu: replicou Fr.

Havia até quem asseverasse que na alcaçova e no terreiro de S. Martínho se começavam a ajunctar homens d'armas e bésteiros. A colera popular crescia, porque a atiçava o temor. No meio de uma pilha de galeotes, carniceiros, pescadores, moleiros, lagareiros e alfagemes, dous homens altercavam violentamente: eram Ayras Gil e Fr.

"Que fazem falar as dobras do paço, sei eu: tornou o beguino com riso sardonico, lembrando-se do que nessa noite passára: medo sabeis vós que faz fugir: inveja sabemos nós todos que faz imaginar..." "Descaro e gargantoice que faz mendigar: interrompeu Ayras Gil, vermelho de colera, cerrando os punhos, e descahindo para o ichacorvos, como galé que vae afferrar outra em combate naval.

Era um velho de fronte calva, e de longas melenas brancas e desbastadas pelos annos: era aquelle que lhe fôra mais que pae, e que elle respeitava mais que a memória deste: era o seu alferes-mór, o venerável Ayras Gomes, que ajoelhado lhe clamava com vozes truncadas de soluços e lagrimas: "Senhor! que é vosso irmão!" "

"Digo por linguagem" acudiu o beguino "que ninguém como mestre Fernão Vasques é homem de cordura e sages para ámanhan falar a elrei aguisadamente sobre o feito do casamento de Leonor Telles, do mesmo modo que ninguem leva vantagem ao petintal Ayras Gil em ousadia para fugir ás galés de Castella e doestar os bons servos da igreja." Era allusão pessoal.

O velho alferes-mór Ayras Gomes aproximou-se então do throno á voz do seu moço pupillo; ajoelhou e beijou a mão a D. Leonor; mas o olhar que lançou para elrei era como o de pedagogo que de mau humor se accommoda ao capricho infantil de um principe. Ao volver d'olhos do ancião, D. Fernando córou e voltou o rosto.

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