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Ao fundo dessa encosta, onde parara, resplandecem vastas campinas (se as Tradições não exageram) com desordenada e sombria abundância. Lentamente, através, um rio corre, semeado de ilhas, ensopando, em fecundos e espraiados remansos, as verduras onde talvez cresce a lentilha e se alastra o arrozal. Rochas de mármore rosado rebrilham com um rubor quente. De entre bosques de algodoeiros, brancos como crespa espuma, sobem outeiros cobertos de magnólias, dum esplendor ainda mais branco. Alêm a neve coroa uma serra com um radiante nimbo de santidade, e escorre, por entre os flancos despedaçados, em finas franjas que refulgem. Outros montes dardejam mudas labaredas. Da borda de rígidas escarpas, pendem perdidamente, sôbre profundidades, palmeirais desgrenhados. Pelas lagôas a bruma arrasta a luminosa moleza das suas rendas. E o mar, nos confins do mundo, faiscando, tudo encerra, como um aro de oiro. Neste fecundo espaço toda a Criação se espaneja, com a fôrça, a graça, a braveza vivaz duma mocidade de cinco dias, ainda quente das mãos do seu Criador. Profusos rebanhos de auroques, de pelagem ruiva, pastam, majestosamente, enterrados nas ervas tam altas que nelas desaparece a ovelha e o seu anho. Temerosos e barbudos urus, brigando contra gigantescos veados-elefas, entrechocam cornos e galhos com o sêco fragor de robles que o vento racha. Um bando de girafas rodeia uma mimosa a que vai trincando, delicadamente, nos trémulos cimos, as folhinhas mais tenras. À sombra dos tamarindos, repousam disformes rinocerontes, sob o vôo apressado de pássaros que lhes catam serviçalmente a vermina. Cada arremêsso de tigre causa uma debandada furiosa de ancas, e chifres, e clinas, onde, mais certo e mais leve, se arqueia o pulo grácil dos antílopes. Uma rija palmeira verga toda ao pêso da jibóia que nela se enrosca. Entre duas penedias, por vezes, aparece, numa profusão de juba, a face magnífica de um leão que, serenamente, olha o sol, a imensidade radiante. No remoto azul, enormes condores dormem imóveis, de asas abertas, entre o sulco níveo e róseo das garças e dos flamingos. E em frente

Antes o sangue do que o lodo. A desordem pode passar. A deshonra fica. Se a restauração consolidasse um precedente de tal ordem, a moralidade espavorida teria de arrancar o vôo do occidente da Europa, levando comsigo nas azas os ultimos lampejos da decencia e as ultimas vibrações do patriotismo.

Prendeu-me aquela rola do pinhal que balouçada ao vento, no cimo dos ramos mais subidos da floresta, ali canta e se alegra e dali parte cortando o silêncio umbroso adormecido na sonolência ardente do estio, ora erguendo seu vôo

Tu, n'esse corpo completo, Ó lactea virgem doirada, Tens o lymphatico aspecto D'uma camelia melada. Fui hontem visitar o jardimzinho agreste, Aonde tanta vez a luz nos beijou, E em tudo vi sorrir o amor que tu me deste, Soberba como um sol, serena como um vôo.

Eça de Queiroz prima na pintura das sensações corporaes e das paixões animaes: o cio, a gula, o egoismo brutal e a intriga trivial, a cobiça e a vaidade, a bondade ingenua e a maldade machinal, quasi que exgottam o seu reportorio; a população dos seus romances é composta de personnagens medios; se uma vez n'um livro que é uma confidencia elle pintou uma alma fóra do commum, foi procedendo á maneira dos lyricos, transcrevendo as suas proprias emoções; Carmen Puebla é o proprio romancista com o vibrar pungente dos seus nervos, e os fremitos da sua furiosa e dolorosa sensibilidade; mas o auctor do Primo Bazilio nunca escreveu um romance como Louis Lambert; para um vôo tal são precisas as azas musculosas do genio cosmopolita e androgyno de Balzac.

Manhã suave dos primeiros sorrisos, dos olhares timidos mas leaes d'esses noivos formosissimos, que o tempo aproximava assim para o casamento mysterioso das raças! Não ha no mundo palacio do rei digno de lhes escutar as primeiras e sublimes confidencias! um templo, alto como a cupola do ceu, largo como o vôo do desejo puro, como a esperança do primeiro e innocente ideal humano.

os leitores conhecem, como quer que seja, o asylo que me escondeu sete annos, desde Outubro de 1826 até Fevereiro de 1834, o ninho em que nasceram, sem pensarem em abrir o vôo que hoje abrem para o mundo, estas poesias montesinhas. Mas, como todo o seu assumpto se não limita ao que deixo esboçado, peço-lhes ainda um pouco de indulgencia, para lhes dar a conhecer, por alto, os arredores.

Mas é um exercito que lentamente baixa o vôo, silencioso, rufado apenas, no frou-frou das asitas quasi imperceptiveis.

Entretanto, dotada de um tacto verdadeiramente feminino, possuia a grande e difficil arte de se mostrar ao nivel do commum do seu sexo, quando mesmo as ideias que expunha desciam o vôo de mais alta esfera.

Fazem d'estas vastas solidões um grande e magnifico quadro, uma scena animada e grandiosa, uns pela belleza da sua pélle, vivacidade de seus movimentos, agilidade de seu andar; outros pela frescura de suas pennas, graça de seu todo, rapidez de seu vôo, melodia de seus trinados; todos emfim pela immensa variedade de suas fórmas.

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