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Atualizado: 19 de junho de 2025


E fechavam cortejo as velhitas que tinham embalado a viuva, ambas de roxo, ajoujadas, chapeus muito profusos de violetas, e mitenes de renda onde as suas velhas mãos boiavam carcomidas.

Os cabellos, cuja côr loura era de uma pureza rara, caíam-lhe desatados e profusos sobre os hombros, brilhando como fios de ouro, na alvura dos vestidos; a fronte ficava-lhe livre, e o oval das faces sobresaía n'aquella moldura natural.

Não sei se todos aquelles que passam os largos serões do inverno, não nos theatros, nem nos banquetes profusos, nem nos bailes esplendidos, mas em aposento de poucas varas em quadro, rodeiados de alguns livros e a sós com o seu pensar silencioso; não sei, digo, se a todos esses acontece o mesmo que a mim, quando o som do chuveiro subito, o silvo do vento, e o bramido do mar, quebrando ao longe nos rochedos da marinha, lhes vem toldar a serenidade do tão suave calar nocturno e as imagens que transitam lentas no kaleidoscopo da imaginação.

Festejado Peres e Moreira das magicas, inquietos, encasacados, cavalleiros de Christo, profusos d'adeuses e abraços, tinham-se postado ás portinholas da sala como duas fuinhas, passando palavra aos que iam entrando, distribuindo poesias, pedindo applausos descaradamente.

Ao fundo dessa encosta, onde parara, resplandecem vastas campinas (se as Tradições não exageram) com desordenada e sombria abundância. Lentamente, através, um rio corre, semeado de ilhas, ensopando, em fecundos e espraiados remansos, as verduras onde talvez cresce a lentilha e se alastra o arrozal. Rochas de mármore rosado rebrilham com um rubor quente. De entre bosques de algodoeiros, brancos como crespa espuma, sobem outeiros cobertos de magnólias, dum esplendor ainda mais branco. Alêm a neve coroa uma serra com um radiante nimbo de santidade, e escorre, por entre os flancos despedaçados, em finas franjas que refulgem. Outros montes dardejam mudas labaredas. Da borda de rígidas escarpas, pendem perdidamente, sôbre profundidades, palmeirais desgrenhados. Pelas lagôas a bruma arrasta a luminosa moleza das suas rendas. E o mar, nos confins do mundo, faiscando, tudo encerra, como um aro de oiro. Neste fecundo espaço toda a Criação se espaneja, com a fôrça, a graça, a braveza vivaz duma mocidade de cinco dias, ainda quente das mãos do seu Criador. Profusos rebanhos de auroques, de pelagem ruiva, pastam, majestosamente, enterrados nas ervas tam altas que nelas desaparece a ovelha e o seu anho. Temerosos e barbudos urus, brigando contra gigantescos veados-elefas, entrechocam cornos e galhos com o sêco fragor de robles que o vento racha. Um bando de girafas rodeia uma mimosa a que vai trincando, delicadamente, nos trémulos cimos, as folhinhas mais tenras. À sombra dos tamarindos, repousam disformes rinocerontes, sob o vôo apressado de pássaros que lhes catam serviçalmente a vermina. Cada arremêsso de tigre causa uma debandada furiosa de ancas, e chifres, e clinas, onde, mais certo e mais leve, se arqueia o pulo grácil dos antílopes. Uma rija palmeira verga toda ao pêso da jibóia que nela se enrosca. Entre duas penedias, por vezes, aparece, numa profusão de juba, a face magnífica de um leão que, serenamente, olha o sol, a imensidade radiante. No remoto azul, enormes condores dormem imóveis, de asas abertas, entre o sulco níveo e róseo das garças e dos flamingos. E em frente

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