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Atualizado: 24 de junho de 2025
Havia alli um rapaz que não frequentava a sociedade de Amelia, porque não frequentava sociedade nenhuma. Fôra educado em Genova, viera de lá aos quinze annos, vivera no Porto até aos vinte e cinco, e quando recolheu á provincia, d'onde sahira de tres annos, com a sua familia que emigrára em 1828, ninguem o conhecia, e elle mesmo não queria conhecer ninguem.
Assim vivera Amelia até
Mauricio e Petra notaram que Ernesto estava muito pallido e com mau parecer, que tinha uma tosse tão sêcca e importuna que não prophetisavam nada de agradavel para o seu hospede. Quando Mauricio e sua mulher recolheram ao quarto, ella disse: Uhn! Parece-me que o senhor Ernesto não viverá por muito tempo. O mesmo penso eu. Sabes, Mauricio, que me parece que deve haver algum mysterio em tudo isto?
Antonio, que vivera na casa do agricultor nas provincias do norte, falava de agricultura. Gonçalo parecia versado n'este ramo, e applaudia os melhoramentos, a que elle devia um duplicado rendimento das suas grandes propriedades. Alvaro escutava, pela primeira vez, um discurso serio, especialmente sobre agricultura, que elle ignorava desde a estação das sementeiras á das colheitas.
Amelia emfim melhorou com grande alegria de João Eduardo, que emquanto ella estivera doente vivera n'uma afflicção, lamentando não poder ser seu enfermeiro, e derramando ás vezes no cartorio uma lagrima triste sobre os papeis sellados do severo Nunes Ferral.
Porventura seria incuravel e nunca chegaria a sua hora de forte e viril razão? Procurou dissipar estes sentimentos, que tinha por fraqueza, e começou a pensar no que iria dizer á Emilia. Precisava lisongear-lhe os caprichos e instinctos feminis, fallar-lhe de elegancia, mostrar-lhe com que luxo vivera em Paris, no Continental, e como sabia aprecial-o.
Ernesto, que sentia penetrar no fundo do seu coração a doce voz de Amparo, levantou a cabeça, fixou n'ella um amoroso olhar, e disse: Irei a Madrid antes do fim de setembro; mas durante esses tres mezes que faltam, a minha alma viverá em eterna solidão, rodeada de triste melancholia porque vae partir, e eu amo-a como um louco. Amparo córou.
O velho porém disse-lhe, ao perceber-lhe a surpreza: Não queiras saber da minha vida, rapaz. Suppõe que eu tenho a servir-me uma vara de condão ou uma fada qualquer, e deixa correr. Augusto acabou por persuadir-se de que o herbanario tinha accumulado riquezas, á fôrça de economias: porque de economias vivera sempre.
Tendo cumprido os deveres de bom christão, queria despedir-se do mundo, na hypothese de ser vencido, se não era presentimento, como bom cavalleiro. E elle, que tão modesto vivera sempre, deu ao sarau d'essa noite um esplendor verdadeiramente principesco.
João Eduardo reconhecia tambem que o Agostinho era «um trastesito»; não se atreveria a passear com elle de dia nas ruas; mas gostava de ir para a redacção, alta noite, fumar cigarros, ouvir o Agostinho fallar de Lisboa, do tempo que lá vivêra empregado na redacção de dois jornaes, no theatro da rua dos Condes, n'uma casa de penhores, e em outras instituições. Estas visitas eram segredos!
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