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Que demonio hei-de eu ter! Se eu não fosse um bruto, como não ha segundo, não me fechavam para sempre as portas do ceu! Mas então como foi isso? explica-te com a bréca, que me tens o coração em talas. Aposto que não foi senão por causa da maldita paixão pelos toiros. Parece-me que concorreu. Vamos, por quem és, conta-me o que se passou.

Chamou a filha para casa. Vamos para dentro, Maria. Que vergonha! E como ella não a attendesse, deu a volta e foi obrigal-a a saír do mirante. Isto é alguma tarde de toiros? Gostas de vêr no que dão as bebedeiras de teu pae?

Eu, que, como é bem natural, estava morto por me vêr dentro, disse com os meus botões: Este velho, com os seus vagares, é capaz de me conservar aqui de fóra até á noite. Pois deixa estar, que se te pilho distraído, atiro commigo para dentro, ainda que depois me cortes uma orelha, como fizeste ao pobre Malco. Ahi temos nós os toiros! disse eu, ao vêr aquillo.

A estas escorias sociaes congregaram-se outras da mesma indole saidas de Guadelupe, de Granada e da Martinica. N'aquellas vastas florestas acharam que farte sustento, na abundancia de manadas de toiros bravos, de javalis, e vaccas mansas, que os hespanhoes por deixaram medrar e multiplicar.

E tu dormindo sempre ahi no «choco». Ah! como tu, dorme tambem a Arte... Pois vou-me aos toiros, que o comboio parte! Ó Lisboa vermelha das toiradas! Nadam no Ar amores e alegrias. Vêde os Capinhas, os gentis Espadas, Cavalleiros, fazendo cortezias... Que graça ingenua! farpas enfeitadas! O Povo, ao Sol, cheirando ás marezias! Vêde a alegria que lhe vae nas almas!

O tio Mamerto era capaz de ir até ao fim do mundo para assistir a uma corrida de toiros; tanto assim, que até costumava dizer: «Parece-me que trocava de bom grado a gloria eterna por uma boa tourada», ao que o tio Paciencia replicava sempre, agastado: «Homem, não digas heresias, que não Deus castigar-te

E ella, certamente, rendera tambem o coração áquelle moço resplandecente e côr d'ouro, que, n'essa tarde de festa, arremessando o rojão contra os toiros, ganhára duas fachas bordadas pela nobre Dona de Lanhoso e á noite, no sarau, se requebrára com tão repicado garbo na dança dos Marchatins... Mas Lopo era bastardo, d'essa raça de Bayão, inimiga dos Ramires por velhissimas brigas de terras e precedencias desde o conde D. Henrique ainda assanhadas depois, durante as contendas de D. Tareja e de Affonso Henriques, quando na curia dos Barões, em Guimarães, Mendo de Bayão, bandeado com o Conde de Trava, e Ramires o Cortador, collaço do moço Infante, se arrojaram ás faces os guantes ferrados.

Por essa praça, tão divertida em tardes de toiros e cavalhadas, resoava a mesma voz grave, sentida: «Para desviar este mal tão imminente, poupar a nós e a nossas familias, amigos e parentes, convém que , , os amantes da patria e da boa ordem vão offerecer-se ao governo, alistando-se voluntariamente para servirem debaixo das armas

Coroae-vos de alface, e ide jogar o bilhar, ou fazer sonetos á dama nova, ide, que não prestais para mais nada, meus queridos Lisboetas; ou discuti os deslavados horrores de algum mellodrama velho que fugiu assoviado da 'Porte-Saint Martin' e veio esconder-se na Rua-dos-Condes. Tambem podeis ir aos Toiros estão imbolados, não ha perigo...

A blasphemia é a unica distincção que separa os condemnados das feras assanhadas, e que os levanta algum tanto acima dos porcos, dos lobos, dos macacos, dos toiros, dos bodes e dos reptis.