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Foram instituidas por S. Mamerto, Bispo de Vienna, no Delphinado, fallecido no anno 475. Pagina 99 linha 23 O ubi campi! Recordação de palavras de Virgilio ao Livro II das Georgicas: Rura mihi et rigui placeant in vallibus amnes; flumina amem silvasque inglorius. O ubi campi Spercheosque, et virginibus bacchata Lacaems Taygeta!......

O tio Paciencia interrompeu as suas reflexões ao vêr approximar-se, vindo do lado do ceu, um homem, que chorava como um bezerro, e dava mostras da maior desesperação. Era nada mais nem nada menos do que o tio Mamerto. O tio Paciencia sentiu uma pancada no coração, annunciando-lhe alguma desgraça, quando reconheceu o seu amigo. O que tens tu, homem? perguntou elle ao tio Mamerto.

Com relação porém a este ultimo pensamento não deixava elle de ter suas duvidas, porque dizia para os seus botões: E se lhe não querem abrir as portas do ceu?! Elles foram sempre homens de bem ás direitas; mas o demonio da paixão de Mamerto pelos toiros, e a tolice do Macario de casar segunda vez, tendo-se saído tão mal da primeira, fazem-me receiar que lhes dêem com a porta na cara.

O tio Mamerto tinha uma paixão desenfreada pelos toiros, e passava por ser muito entendido em materia tauromachica.

O tio Mamerto era capaz de ir até ao fim do mundo para assistir a uma corrida de toiros; tanto assim, que até costumava dizer: «Parece-me que trocava de bom grado a gloria eterna por uma boa tourada», ao que o tio Paciencia replicava sempre, agastado: «Homem, não digas heresias, que não Deus castigar-te

O tio Paciencia emprehendeu a jornada do ceu, muito contente com a esperança de gosar da gloria eterna, de viver em um mundo onde todos os homens eram eguaes, e finalmente de encontrar ali os seus queridos amigos Mamerto e Macario.

A mulher, que nunca perdia a occasião de lhe communicar uma boa noticia, deu-se pressa em lhe participar, que o tio Mamerto tinha esticado a canella, e ouvindo isto, o pobre Macario, que não estava para muitos sustos, esticou tambem a sua. Como eu disse, não podia o tio Paciencia viver sem os seus dois amigos, porque lhes queria muito.

Não era porém o marquez que lhe fazia sentir, que não fossem todos os homens eguaes na terra; até os seus amigos mais intimos queriam differençar-se d'elle. Estes amigos eram o tio Mamerto e o tio Macario, homens de tão boa conducta, que não podia o tio Paciencia viver sem a sua honrada companhia.

Um dia em que os passaros caíam das arvores, assados pelo sol, havia em Getafe uma corrida de garraios; o tio Mamerto, foi vêl-os, á pata, segundo o seu costume, e, de volta a casa, acamou com uma febre, que o levou d'esta para melhor vida.

O tio Paciencia prorompeu em amargo pranto ao vêr a infelicidade do seu velho amigo, e esteve quasi a prégar-lhe um sermão, mas não o fez por se lembrar de que era prégar no deserto; ambos continuaram, por ultimo, o seu caminho; o tio Paciencia o do ceu, que era costa acima, e o tio Mamerto o do inferno, que era costa abaixo. Querem vêr que tambem me acontece alguma na portaria?

Palavra Do Dia

lodam

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