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Atualizado: 3 de junho de 2025
Ella obedecia á tradicção conjugal da independencia, ao proprio sentimento de liberdade, e ás tendencias e espirito dos barões e homens de armas de Portugal. As qualidades incontestaveis de D. Tareja fizeram-a geralmente respeitada, tanto nas terras que governava, como em toda a peninsula hespanhola e mesmo nos paizes afastados.
A investidura religiosa da dignidade de rei, foi a ultima recompensa dos trabalhos e perseverança de D. Affonso em executar a idéa do conde D. Henrique e de D. Tareja, e em satisfazer as gloriosas ambições dos portuguezes. Seis annos depois falleceu em Coimbra, aos 6 de dezembro de 1185, tendo governado quarenta e cinco annos como rei, e doze como principe e infante.
A filha do emir de Sevilha não podia ser mulher de Affonso VI, então casado com a rainha D. Constança, mas o amor de pae para com o infante, seu unico filho varão, inspirava receios aos maridos das duas princezas Urraca e Tareja.
Com effeito tres annos depois de armado cavalleiro, Affonso Henriques declarou guerra a sua mãe, ajudado do arcebispo D. Paio e de seus irmãos, de Mendes Ermigio, de Garcia Soares e de Sancho Nunes que depois foi seu cunhado, e primeiro senhor de Barboza. D. Tareja quiz resistir.
O filho de D. Tareja, que se creára com fidalgos portuguezes, e que devia ter a peito a honra e bom nome da sua casa, odiava o conde de Trava, e preparava-se para lhe destruir o poder, embora para isso fosse necessario arrancar á propria mãe o governo do reino.
Com effeito a rainha D. Tareja teve de abandonar o poder em 1128, em virtude de acontecimentos em que seu filho tomou a mais energica iniciativa. A viuva do conde D. Henrique contribuiu vigorosamente para facilitar a independencia de Portugal. Teve qualidades politicas de grande quilate, e os effeitos d'essas virtudes chegaram até á nossa idade.
Tanto que El-Rei D. Affonso chegou a Coimbra lhe foi logo commettido cazamento para sua filha Dona Mofalda; elle teve tres filhas, e um só filho, o filho houve nome D. Sancho, que herdou o Reino por falecimento de seu pai, e em sendo Ifante foi sempre mui bom e esforçado Cavalleiro, e valente, e depois que Reinou, não menos bom, virtuoso, e esforçado Rei, fazendo muitas cavallarias, e accrescentando seu Reino como em seu logar contaremos, e a primeira filha houve por nome Dona Mofalda, que foi cazada com D. Reymondo, filho do Conde D. Reymondo de Barcelona, e a outra chamada Dona Urraca, cazou com El-Rei D. Fernando de Lião; a terceira filha houve nome Dona Tareja.
As allianças faziam-se, e desfaziam-se rapidamente; porque nenhuma sinceridade havia no procedimento dos individuos. Os interesses particulares dos nobres e prelados cruzavam-se com as questões politicas, o modificavam-nas diversamente.» As acções de D. Tareja devem ser apreciadas n'este sentido.
Era indispensavel que os cavalleiros portuguezes seguissem de boa vontade as modificações da politica do conde borgonhez e de D. Tareja, e que sacrificassem a um principio geral as affeições e os interesses que podessem liga-los a D. Urraca, a D. Affonso, ou aos fidalgos gallegos. Essa necessidade reconhecida por todos dominava o animo dos portuguezes.
Conservar e desenvolver essa influencia, dependia só dos dotes pessoaes do principe. A auctoridade moral do conde D. Henrique na côrte de D. Affonso VI de certo se baseava principalmente n'estas circumstancias, pois que a qualidade illegitima de D. Tareja não impoz ao principe borgonhez nenhuma inferioridade que lhe diminuisse o poder ou que restringisse as suas pertenções ambiciosas.
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