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Atualizado: 6 de julho de 2025
Minha estimavel amiga: Não posso ser indiferente ao interesse, que v. exc.ª tem na minha felicidade. Na soledade em que me vejo, as suas cartas são a unica indemnisação que tenho das compridas horas de uma vida sósinha, escura, e despovoada de todas as bellezas, se é que algumas a existencia póde ter para mim.
Das meninas, a mais saudosa do Porto era Corinna da Soledade. Razão tinha mais que as irmans, porque amara mais que todas, e amara sem intenção nem calculo. N'um baile do conde do Casal fôra-lhe apresentado Antonio d'Azevedo Barbosa, moço de vinte e dois annos, nem pallido nem córado, nem triste nem alegre, um homem egual a todos os homens, como elles são fóra do romance.
Carlos Zuzarte passeava n'uma rua abobadada de arvoredo, com Felismina; no tôpo d'esta rua estava Corinna da Soledade corrigindo umas trepadeiras que descahiam da direcção que a sua cultora lhes dera. O visconde estugou o passo; quando a viu, approximou-se, e disse-lhe: A sua felicidade está a chegar. Exulte, minha amiga.
Offereceu-me uma cadeira junto de si, apenas lhe beijei a mão, ao ser-lhe apresentado, e ficamos a conversar. A Tia, começou Peregrina, é uma das pessoas que se condoe da minha soledade e me visita com mais affecto. Presumi, ao recolher a Lares, que tinha de contar, sómente, com as sombras da quinta. Mas Deus começa a transigir commigo; nem sempre me sinto só.
Corinna da Soledade era o nome da visão, que o meu leitor pudera ver n'uma tarde de agosto de 1844. Em outra qualquer tarde poderiamos ver, não uma, mas um rancho de cinco meninas, a competirem de formosura, todas trajadas de branco, soltos os cabellos, ou ennastrados de flores, com que se andavam dando invejas ás outras.
No mesmo arbusto onde o ninho Teceu a ave innocente Se volta a quadra inclemente Acha abrigo o passarinho: Mas eu n'esta soledade Quando em meus sonhos te estreito, Rosto a rosto, peito a peito, Acordo e acho a saudade! Adeus pois morte! adeus vida! Adeus infortunio e sorte! Adeus estrella do norte! Adeus bussola perdida! Coimbra.
Ahi moravam o silencio, a soledade, e a mudez do esquecimento que deve ser nas almas idas e saudosas d'esta vida um chorar sem consolação no seio da eterna gloria. Estava pois resalva das borrascas a luctadora vencida e ao mesmo tempo victoriosa; que morrer assim é triumphar.
Se, pois, Francisco Salter caía de joelhos, paciente e consolado, aos pés do crucificado, abençoada seja a religião de Jesus, que tanto póde! Desde o dia em que frei Francisco da Soledade professou, a freira benedictina recebeu regularmente novas d'elle, escriptas de Tibães, onde o frade prolongou a sua residencia. Faziam-lhe saudades os sitios onde tanto chorou.
Que a morte, poderosa como o incendio, De vós rirá, com forte vilipendio, Levando-vos talvez á Eternidade. Ouço dizer, ha muito, que a saudade Aviva n'alma os grandes sentimentos, Engrupando n'um só os pensamentos Que se reunem, além, na immensidade. Deixei-te um dia em triste soledade, Parti, cheio de dor e de lamentos; O pobre coração, entre tormentos Luctando com raivosa anciedade.
N'esse dia, comecei a sentir povoar-se-me a soledade da vida, mas com outras dores, desesperanças novas. Nos primeiros mezes que passei n'aquella cidade, tinha lido e estudado desesperadamente; a meditação fôra o refugio do tedio, mas era como um abutre que me lacerava as entranhas.
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