United States or Jordan ? Vote for the TOP Country of the Week !


Depois, adiante da fonte da Lira, como o caminho se alongava, e desejassemos poupar o nosso velho abbade, cortamos atravez d'uma seara, alta, quasi madura, toda entremeada de papoulas, O sol radiou: sob a brisa larga, que levára a nevoa, toda a messe ondulou n'uma lenta vaga dourada, em que se balouçavam os esquifes; e, como enorme papoula, a mais vermelha, rutilava o guarda sol de panninho logo aberto pelo sacristão para abrigar o abbade.

E o melro no entretanto, Honesto como um santo, Mal vinha no oriente A madrugada clara elle andava jovial, inquieto, Comendo alegremente, honradamente, Todos os parasitas da seara Desde a formiga ao mais pequeno insecto. E apezar d'isto o rude proletario, O bom trabalhador, Nunca exigiu augmento de salario. Que grande tolo o padre confessor!

Tenho no peito o abraço dessas esculturas enleadas, marmores de innocencia e vicio, corpos sagrados pela pureza ideal da fórma. Se attentava aquella seara de carne, batida pelo temporal duma sensualidade abençoada, eu era o suão morno que beijava e confundia os lindos fructos. Fui a haste exotica, o joio genial que, afrontando a seara, colhi a sua belleza e fui colhida.

A terra, em seu labor, Se encarrega de dar ao germe, ao simples grão, A força e o poder da multiplicação. Se o lavrador depois no campo seu repára E brilhar ao sol a refulgente seára, Exclama, commovido: Abençoada terra, Que assim tanta bondade e tanto amor encerra! ELEAZAR, quasi a medo: Mas se acaso acontece o lavrador morrer...?

Nas trevas e na immobilidade, o terror, a desesperação, a falta de ar matam-no em breve: a sua agonia é tremenda, mas não é longa. Aqui é outra cousa: aqui vê-se, por entre as grades de ferro, a luz do céu, a arvore que os fructos, a seara que o pão, e tudo isto vê-se para se ter mais fome.

Aqui foi um alto soluçar da tecedeira, um desentoado chôro que alvorotou a visinhança. Belchior, assim que viu a casa a encher-se de gente, fugiu pela porta da cosinha, saltou vallados, emboscou-se n'uma seara de centeio, e ahi, estirado por terra sobre as louras gabellas, chorou copiosamente.

E quem nas leis divinas confiando, Á fulgida seara Do bem se consagrou, não morre quando Dos vivos se separa!... Contente desce em paz á sepultura, Na crença de que os filhos Verão mais tarde em plena formosura Dos sonhos seus os brilhos! Na marcha ascencional da humana historia, Que a mão de Deus conduz, O filho entrou na Luz que é transitoria, O pae na eterna Luz!...

Eva colheu um dia o bello fructo impuro, O fructo da Rasão. N'esse instante sublime Eva tinha o Futuro Na palma da sua mão! O homem, abandonado a submissão covarde, Viu o fructo e comeu. Esse fructo é a luz que a Jupiter mais tarde Roubará Prometheu. E ao vêr igual a si a estatua que creara, O homem reprobo e nu, Jehovah exclamou: «Maldita seja a seara cuja semente és tu

"Ignoras o relêvo e a nitidez Espelhenta dos ossos ao luar... E conheço-te mesmo pela Fouce Que ceifa a seara humana e as outras searas...

Eva, pensativa, enterra outras sementes, na esperança de criar em tôrno do seu lar, num bocado do seu torrão, altas ervas que espiguem, e lhe tragam o grão adocicado e tenro... E eis a seara! E assim nossa Mãe torna possíveis, do fundo do Paraíso, os povos estáveis que lavram a terra.

Palavra Do Dia

lodam

Outros Procurando