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61 Fala do Samorim ao Gama "Eu sou bem informado que a embaixada Que de teu Rei me deste, que é fingida; Porque nem tu tens Rei, nem pátria amada, Mas vagabundo vás passando a vida; Que quem da Hespéria última alongada, Rei ou senhor de insânia desmedida, de vir cometer com naus e frotas Tão incertas viagens e remotas?

81 Era este Catual um dos que estavam Corruptos pela Maumetana gente, O principal por quem se governavam As cidades do Samorim potente. Dele somente os Mouros esperavam Efeito a seus enganos torpemente. Ele, que no conceito vil conspira, De suas esperanças não delira.

Recebidas as amostras do Oriente, tomados alguns indigenas, supportada a perfidia do Samorim, oppondo sinceridade á traição, attenções e benevolencias aos desdens, lealdade á aleivosia, paz á guerra, o Gama, trajando lucto pelo irmão e companheiro, Paulo da Gama, fallecido na ilha Terceira, vem entrar no Tejo a 29 de agosto de 1499 , e entregar el-rei D. Manuel as primicias da India, para receber em paga o titulo de dom.

Despois, na costa da Índia, andando cheia De lenhos inimigos e artifícios Contra os Lusos, com velas e com remos O mancebo Lourenço fará extremos. 28 "Das grandes naus do Samorim potente, Que encherão todo o mar, co a férrea pela, Que sai com trovão do cobre ardente, Fará pedaços leme, masto, vela.

Era para Dom Luiz das mais solemnes e apertadas semelhante situação. Antes mil veses se quisera em luta encarniçada com os mouros de Asamor ou com as hordas do samorim de Calicut. Dom Luiz de Beja, Prior do Crato, digno infante de Portugal e esforçado filho de Dom Manuel foi havido sempre no consenso publico por cavalleiro valeroso e destemido.

Luctaram com as traições do Samorim, cujas embarcações lhes saíram ao encontro; tiveram de resistir ás ciladas do senhor de Goa que tambem lhes desejava causar damno; arrostaram com a furia das procellas; padeceram novamente o escorbuto, e poderam tomar fôlego, quando aportaram a Melinde, onde Vasco da Gama, com licença do rei, mandou erigir um padrão com uma cruz e as armas de Portugal.

Chamarâ o Samorim mais gente noua: Virão Reis Bipur, & de Tânôr, Das ſerras de Narſinga, que alta proua Eſtarão prometendo a ſeu ſenhor: Far

14 Leva alguns Malabares, que tomou Por força, dos que o Samorim mandara Quando os presos feitores lhe tornou; Leva pimenta ardente, que comprara; A seca flor de Banda não ficou, A noz, e o negro cravo, que faz clara A nova ilha Maluco, com a canela, Com que Ceilão é rica, ilustre e bela.

Os mouros, porém, costumados de longo tempo aos lucros commerciaes d'aquella terra riquissima, e receiando que a influencia dos portuguezes não lhes consentisse de futuro nem protecção, nem accordo, nem tregoas, nem misericordia, começaram a urdir traições, tentando persuadir o Samorim de que os navegantes eram piratas miseraveis que levariam o terror do seu nome aos confins do imperio, como em Moçambique e Mombaça tinham deixado vestigios de crueldade e perfidia; e de que ainda quando fossem subditos de monarcha poderoso, eram decerto homens orgulhosos e ávidos, que não pretendiam, sob as apparencias de paz e amisade, senão a conquista e posse exclusiva do solo descoberto.

Apenas saltaram em terra foram levados á casa de dois mouros, naturaes de Tunis, um dos quaes, chamado Monçaide, vendo o degredado, fallou-lhe castelhano e quiz ir á presença de Vasco da Gama. Taes foram as noticias que Monçaide deu ácerca do Samorim, que o Gama resolveu ir pessoalmente visital-o, acompanhado de doze homens esveltos e vestidos ricamente.

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