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Atualizado: 1 de junho de 2025


Este dia era uma d'essas flores, das mais formosas, de petalas mais coloridas e frescas. Desabrochava garbosamente, acariciado pelo dôce orvalho da madrugada. Em frente das ruinas d'uma casa pequena, envolvida n'um massiço de heras, cantava um rouxinol, pousado n'um sabugueiro. Parei, a ouvir os seus trinados.

Deviam, effectivamente, ser rouxinoes, porque frei Luiz de Sousa se refere ás que por mais musicas são conhecidas, e o rouxinol é, no mundo alado da Europa, o cantor por excellencia. Na idade do Gonçallinho Jervis, se uma alma responde á nossa n'um duetto de encantador lyrismo, pouco se nos de perder a vida comtanto que possamos morrer exhalando a alma n'um cantico.

Mas era certo tambem que nenhum de nós, com excepção do Gonçallinho Jervis, estava n'esse periodo agudo de romanticismo, que exalta allucinadamente a imaginação. Parariamos de boa vontade para ouvir um rouxinol, que nos houvesse surprehendido no caminho. Mas ser-nos-ia pesado qualquer incommodo que, a não ser por surpresa, isso nos pudesse custar.

Não tardou muito que, estando eu assim cuidando, sobre verde um ramo que por cima da agoa se estendia, se veio pousar um rouxinol. Começou a cantar tam docemente que de todo me levou após si o meu sentido d'ouvir. E êle cada vez crescia mais em seus queixumes, que parecia que, como cansado, queria acabar, senão quando tornava, como que começava.

«Oh! volve outra vez a mim, Desce á terra, anjo do ceo, Vem dar-me a ventura emfim! ........................... ........................... Olha: o vivo sol de Abril nestes campos rompeu; As rosas desabroxaram; O rouxinol desprendeu A voz em saudosos cantos; Os sitios onde passaram Os teus descuidados annos, Não os vês cheios de encantos?

«Não tardou muito que, estando eu assim cuidando, sobre um verde ramo que por cima da agua se estendia, «veio pousar um rouxinol». Para completar a symetria e a belleza idyllica da pintura, nem faltou a esse quadro o vultinho animado da mesma «ave leal» de que nos. falavam as «Trovas».

Escrever; mas escrever o quê? Um romance de amores?! Um poema?! Romances e poemas tinha eu na imaginação, sublimes, portentososos, admiraveis, como todos os tem, e como ainda ninguem os escreveu. Se elles se desprendem, capitulo a capitulo, estrophe a estrophe, e vão fluctuar na atmosphera de envolta com os perfumes da rosa, com os canticos do rouxinol, e com os raios da lua!

E a Noite escuta, empallidece, Um murmurio de voz esvoaça numa prece: Flébil, o ar magoando, Idillios suspirando, Duma estrella que nasce ao por-do-sol O canto chóra... lagrimas sem fim! A alma dum rouxinol Sonha com Bernardim. E desfez-se, apagou-se Em ondas de saudade o olor mais doce... Subito, heroico de saudades, Um canto accorda, funde o bronze das Edades!

Fugiu-me a luz dos olhos, e o sangue refluiu ao coração. Desappareceram os floridos canteiros, emmudeceu o rouxinol suave, sumiram-se as estatuas, fugiram as acacias. Estendem-se a perder de vista as ruas sombrias de um cemiterio, de um lado e de outro avultam as pedras brancas das sepulturas.

«Ó musa moderna, eu te saúdo! e por ti me declaro amurudo se ensinas a fazer al'xandrinos mais sonoros, bellos, mais divinos que os gorgeios do proprio rouxinol. Juro!... nem cantar o girasol, que preciso é aqui para rimar. Antes, porém, haveis d'explicar como, velhos preconceitos tu despindo, a vestimenta conservas, que no Pindo usavas em a era romanesca.» «Conservo-a por ser bastante fresca.

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