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Penduraram na sala de armas dos seus castellos as valentes espadas, e, sentados ao canto da lareira, esqueciam o peso dos annos com as gratas recordações das suas façanhas d'outr'ora. Ao mais velho dos dois; Inigo Paes, concedêra o céo um filho; Raymundo se chamava elle. Era a delicia do bom velho rever no esbelto mancebo a risonha imagem da sua mocidade.

Scena VI Raymundo entra timidamente. Vão fiar-se no amor! D.

Com effeito Affonso VI deu a Raymundo sua filha Urraca, com o governo de Galliza e da terra portucalense, e Henrique casou com D. Tareja, filha natural do rei e de Ximena Nunes ou Muniones, obtendo com esta alliança o governo do districto de Braga sob o commando de Raymundo. O casamento foi celebrado antes do anno de 1095.

Desde o seu regresso de França, que foi em 1111, o conde Henrique mudou de politica, provavelmente porque a falta do auxilio esperado lhe impunha a obrigação de ser mais circumspecto, e de certo tambem porque a morte de Raymundo, e o casamento de D. Urraca tinham dado aos negocios da peninsula uma direcção muito differente.

Como Raymundo Lullio, entre as drogas e retortas do seu laboratório se extenuava a buscar o principio da vida, os corpos simples ou elementares da materia para obter o segredo da existencia physica e organica: assim o infante procurava desvendar os segredos das ilhas e dos continentes, dos golphos e enseadas, velados pelo manto azul-negro do Mar Tenebroso.

D. Mas... eu queria dizer a v. exque não amo seu irmão. D. Que o não amo. B. Pois será possivel! Meu irmão suppõe-n'o, acredita-o, jural-o-ia. D. Eu creio que o snr. Raymundo Savedra é facil em acreditar tudo: o espirito simples é, por via de regra, credulo. Agora lhe pedi eu um collar de preço fabuloso para vêr se conseguia que o sacrificio lhe fosse lição. Esta mulher!

Oh! obrigada, Raymundo, obrigada, clamou a donzella, lançando-se com immenso ardor nos braços do mancebo e derramando copiosas lagrimas; tambem eu juro amar-te sempre, meu Raymundo, amar-te com inalteravel constancia, não viver senão com a tua imagem, não pensar senão em ti, meu unico amor.

Parece que um maribondo, vendo Caetaninha e Raymundo unidos n'essa occasião, concluiu da coincidencia para a consequencia, e entendeu que eram elles; mas um velho gafanhoto demonstrou a inanidade do fundamento, allegando que ouvira muitos beijos, outr'ora, em logares onde nem Raymundo nem Caetaninha puzera os pés.

Raymundo apertou-a ao peito com enthusiasmo; deu-lhe na fronte, com timidez, um beijo, e montando n'um cavallo que o esperava a pouca distancia, seguro por um pagem, partiu, dizendo com ardor: Adeus, minha gentil esposa! Adeus, meu adorado esposo! Estas palavras pronunciára-as ella, caindo ajoelhada aos pés da cruz.

Eram Raymundo, filho do conde Guilherme de Borgonha, e Henrique, filho de Henrique de Borgonha e de sua mulher Sybilla, prima co-irmã de Raymundo. Henrique por seu avô Roberto, o velho, duque de Borgonha, era descendente de Roberto, o pio, rei de França, e de Hugo Capeto, e por consequencia sobrinho de Henrique I, rei de França.