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Atualizado: 6 de julho de 2025
Raymundo curvou-se sobre o pescoço do cavallo, ebrio de amor ou de desejos fitou um olhar frenetico nos olhos de Zoraida, e quando ella, com um sorriso de escarneo, se approximou da cruz, e cuspiu no rosto do Crucificado!... elle, vencido pelo demonio, imitou-a, rindo com um riso convulso e doloroso, que fazia horror.» Jesus! bradaram os circumstantes.
No dia fixado para a partida de Raymundo, encontraram-se os dois namorados no sitio do Açude.
Tratava-se de proclamar o principe de Galliza, filho d'esta rainha e de seu primeiro marido o conde Raymundo, e n'este empenho andavam os senhores de Galliza, o bispo de Compostella, e todos quantos se diziam cansados das discordias continuas entre D. Urraca e seu segundo marido Affonso de Aragão, bem como os que detestavam o conde Pedro de Lara, poderoso amante da soberana de Leão.
Tinha notado que aquelle querido Raymundo, como todos os Raymundos que se podem imaginar, pegava de melhor vontade na roupa que lhe punham á mão, do que n'aquella que era preciso ir buscar ao armario; portanto não se esquecia mesmo do lenço d'assoar. Julgam talvez que esta excellente senhora amaldiçoava o lago, que fazia sombra á sua felicidade?
O phantasma de Branca, involto em candidas roupas, e com a fronte cingida de rosas virginaes, ergueu-se da sepultura, fazendo recuar Raymundo horrorisado.
Comtudo, eis que um dia, estando em Coimbra com a Rainha, um certo Raymundo Viegas de Porto Carreiro, acompanhado de outras pessoas das fronteiras da Galliza, chegárão a esta cidade. Estes guerreiros se apoderárão de D. Mecia, que transportárão ao castello de Ourem. Então ElRei, seguido de muita gente, partio armado a requerer que se lhe entregasse sua mulher.
N'esse momento fatal o anjo da guarda do teu amante velou com as mãos o rosto celestial, que as lagrimas inundavam, e foi, suspenso n'um raio da lua, prostrar-se aos pés do throno do Omnipotente! Entrado na senda da perdição, não havia poder humano que salvasse Raymundo da condemnação eterna. Tinha vendido a sua alma por um beijo de fogo, e trocára o paraizo pelo inferno da voluptuosidade.
E o nosso amor, Raymundo! balbuciou a donzella, afogada em lagrimas. Oh! cala-te, Branca, não vês que me despedaças o coração? Queres que eu perca o animo, queres que o puro azul dos teus olhos me faça esquecer que existe outro céo, outra ventura que não seja o teu amor, outro dever que não seja o adorar-te?
«Passaram-se mezes e mezes continuou o João; veiu o outono desfolhar as arvores, e estender sobre a terra o seu manto de tristezas; depois o inverno gelado agrupou as familias ao canto da lareira; voltou a primavera sacudindo sobre os campos o seu regaço cheio de flôres e verduras, voltaram as longas tardes do estio, e o sol ardente de agosto veiu de novo doirar os pinheiros que ensombravam a cruz do precipicio; e nem a triste Branca recebia noticias do seu noivo, nem Inigo Paes a podia consolar com outras novas, que não fossem as que, logo pouco depois da partida de Raymundo, tinham sido trazidas por um fidalgo que voltava das terras do Algarve.
Para não descer da região poetica em que nos achamos, deixo de dizer que a mula em que o Raymundo veiu montado, foi reconduzida por um preto ao alugador; passo tambem por alto as circumstancias da accommodação do rapaz, limitando-me a dizer que, como o tio, á força de viver lendo, esquecera inteiramente que o mandára buscar, nada havia em casa preparado para recebel-o.
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