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Atualizado: 22 de junho de 2025


Este artista é o collaborador artistico do Seculo Illustrado, julgo eu, e por isso preciso ter cuidado com elle para não ter o desgosto de succeder á minha despretenciosa critica o que succedeu ao monumento de Sousa Martins, feito pelo Queiroz Ribeiro. Por isso... fico calado... Mas não fico... ahi vae o que eu penso.

Foi o mundo politico que no Grande homem e no Sallustio Nogueira, Teixeira de Queiroz tentou estudar de mais perto. São simples tentativas no genero estes trabalhos. Em ambos se manifestam as qualidades e os defeitos do escriptor. Mas o estylo tem sem duvida um grande progresso.

Ferreira Gordo, o abbade Correia da Serra, o padre Antonio Pereira, o duque de Lafões, academicos e jacobinos. O crime do Padre Amaro romance d'Eça de Queiroz. A situação politica... Mas, perdão antes de encetarmos este assumpto, uma pequena historia: Era uma vez um velho burro. Fora madraço e manhoso. Não conquistára amigos porque os não merecia. Tinham-o lançado á margem no fim da vida.

Foi esta paixão flagrante que fez com que esses Contos não ficassem esquecidos no Jornal do Commercio de 1865; voltando então de umas ferias para Coimbra, felicitou-me Eça de Queiroz, affirmando-me que nos cafés em Lisboa cortavam-se os folhetins, quando traziam algum conto meu.

O que não seria elle, o egresso João de Queiroz, aos vinte e tres annos, ao sahir do convento, a desbordar exuberancias de vida represada, a desforrar-se da violencia com que lhe desfolharam, como improprias do homem immolado, as flôres de seis primaveras!

Mas o abbade é tão palpavel e real nos Contos de Bento Moreno, como nas paginas scintillantes de humor do grande romancista, e o brazileiro tem talvez mais verdade, visto atravez da lente microscopica de Teixeira de Queiroz, analysado com a paciencia de naturalista que distingue este observador, do que pintado a fresco em largas pinceladas d'um immorredoiro sabor comico, pelo engenho extraordinario de Camillo Castello Branco.

Mas, como diz Xavier de Carvalho n'um pequeno esboço critico a respeito de Francisco Gouveia: «quiz ser o artista naturalista no minucioso detalhe, começando por nos dar um Eça de Queiroz apanhado n'uma pose verdadeiramente natural e sincera.

Quando, em 1878, Eça de Queiroz escrevia, de Newcastle, a Joaquim de Araujo, aquella tão conhecida e tão citada carta, que constitue a biographia do espirito de Ramalho Ortigão, essa biographia ficou definitivamente feita; tudo o mais que se lhe accrescente e bastante se tem escripto não passa, em ultima analyse, de sabias e eruditas variações sobre aquelle leit motif.

Como as distinctas individualidades dos dois escriptores se destacam bem nas paginas do romance! A phantasia, o magico poder do estylo de Eça de Queiroz, resaltam ao lado da critica mais philosophica, da observação mais penetrante de Ramalho Ortigão.

Se com a natureza essencialmente artistica de Eça do Queiroz fosse compativel a humildade de uma explicação n'essas bases, o seu livro teria no leitor uma influencia de muito maior alcance moral. Mas um artista tem a obrigação de se não explicar, o que seria invadir uma funcção alheia na justa divisão do trabalho intellectual moderno.

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