United States or Mali ? Vote for the TOP Country of the Week !


Tudo isso se presente nos primeiros romances de Julio Diniz, nas Pupillas do senhor reitor, por exemplo, onde a medicina moderna, representada em Daniel, tem de fazer rosto á velha sciencia hyppocratica de João Semana, e tudo isso se manifesta claramente nos Fidalgos da casa mourisca, onde a aristocracia, ciosa dos seus pergaminhos, lucta e porfia com a nobreza do trabalho, onde a civilisação antiga digladia com a sociedade moderna, n'um combate proficuo á humanidade.

Leonor! Se eu ousasse!... Se quizesse adivinhar? atalhou o sobrinho de Lagarde, em cujas pupillas faiscou momentaneamente um clarão de esperança.

Os olhos da velha é que tinham uma expressão singular: voltada para o poente, não os tirou d'essa direcção nem os inclinava de modo algum para a dobadoira que lhe ficava um pouco mais á esquerda. Não pestanejavam, e o azul de suas pupillas, que devia de ter sido brilhante como o das saphyras, parecia desbotado e sem lume.

Em maio de 1866, como dissemos, principiaram a sahir em folhetins as Pupillas do senhor reitor, que em outubro do anno seguinte se publicaram em livro. D'este romance, o primeiro volume que se brochou offereceu-o Julio Diniz a seu primo e amigo, o snr. José Joaquim Pinto Coelho, como brinde natalicio, sendo esta uma das mais intimas festas de familia a que não costumava faltar.

As faces eram talvez pallidas de mais, porém animadas de grande expressão, e o fulgor das pupillas negras fuzilava tão vivo e por vezes tão recobrado, que se tornava irresistivel. Filho do marquez de Marialva, e discipulo querido de seu pae, do melhor cavalleiro de Portugal, e talvez da Europa, a cavallo, a nobreza e a naturalidade do seu porte enlevavam os olhos.

Nada d'ella lhe pertenceria, nem a luz d'aquellas pupillas, nem a brancura d'aquelles peitos! Queria casar e guardava tudo para o outro, o idiota, que sorria baboso, jogando paus! Odiou-o então, d'um odio complicado d'inveja ao seu bigode negro e ao seu direito d'amar... Está incommodado, senhor parocho? perguntou Amelia, vendo-o mexer-se bruscamente na cadeira. Não, disse elle sêccamente.

Houve uma pausa longa. O Sapo chorava, supplicava, mas não redarguia á interrogação. V. s.^a viu esmagar uma osga contra uma parede? bradou o Antonio fuzilando-lhe as pupillas, e convulso de cholera. Pois vae ver. Juro-lhe, se este cão se cala um minuto, que deixa os miolos n'aquelle muro. Pelo amor de Deus!... Sôr Antonio não me deite a perder!...

Logo, porém, desceu, afim de erguer-se ainda, para minha irmã, para meu irmão, para mim... Demorou-se fito em minhas pupillas lacrymantes esse inolvidavel olhar, tão sereno como a tranquillidade da sua alma sem mácula, translucido n'uma expressão de quem medira o alcance do grande minuto final. Quem poderá estereotypar o ultimo olhar das mães aos filhos extremecidos?

O romance Pupillas do senhor reitor conta tres edições successivas. No Jornal do Porto, de 7 de fevereiro d'este anno appareceu a seguinte noticia: JULIO DINIZ. O rasto luminoso que o talento de Julio Diniz deixou na liiteratura portugueza não se apagará jámais. O dito d'Horacio não é, ainda bem! uma palavra Non omnis moriar.

O conflicto parecia inevitavel. Logar! bradou o mancebo portuguez com um gesto de ameaça. As pupillas do official francez despediram dois relampagos; o seu rosto tomou terrivel aspecto. Foi por um instante. Inclinando a espada, e reprimindo a colera, disse ao adversario pasmado da mudança: Agradeça a Deus! A lembrança de um anjo suspende-me o braço! Alto! accrescentou em voz sonora e cheia.

Palavra Do Dia

desejam

Outros Procurando