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Atualizado: 26 de outubro de 2025


Senti-me deveras e profundamente abjecto diante de mim mesmo. Em outubro voltei ao Porto e comecei a estudar regularmente n'esse anno e nos que se seguiram, até completar a minha educação profissional. Nunca porém me pude vêr livre completamente dos maus habitos adquiridos na convivencia da mocidade imaginosa e revolucionaria, que me fôra companheira das tolices do primeiro anno.

Este e outros actos, como, por exemplo, a mercê que D. Leonor fizera a Nuno Martins da Silveira, aio do rei, dos varejos a que os mercadores de Lisboa eram obrigados de sete em sete annos, irritaram profundamente os partidarios do infante, entre os quaes eram numerosos os homens do povo.

Depois da minha ùltima febre, e dos mil cuidados e carinhos de que eu tinha sido alvo, o contacto ìntimo com aquellas damas a que a doença me tinha obrigado, modificou profundamente o meu espìrito, e senti em mim uma alteração profunda. Até ao momento de as encontrar, eu havia esquècido, no meio dos selvagens com quem vivia, o que fôssem carinhos e afagos.

Não disputarei com v.. sobre os successos de Roma nos ultimos tempos. Cada qual póde vê-los á luz que julgar verdadeira. Ao que, porém, eu tenho jus é a averiguar se é exacta a proposição absoluta de v.., de que o futuro da igreja é muito sabido, claro e indisputavel para os catholicos. Por este modo v.. parece excluir-me do gremio do catholicismo, porque hesito sobre o seu futuro. Advertiu acaso v.. em que a proposição assim absolutamente enunciada, conduziria ao impossivel? O que é certo, sabido e claro para a igreja, e para cada um dos seus membros, é que ella será perpetua, indestructivel. Mas por quaes phases tem de passar; se a esperam dias serenos, se dias de tribulação; se acres resentimentos, imprudentemente preparados, virão ou não como a procella despir a folhagem, lascar os troncos da arvore eterna do christianismo, eis o que nem a igreja, nem eu, nem v.. sabemos. Está acaso v.., que eu creio profundamente catholico, habilitado para me dizer de um modo certo e claro, se a idea revolucionaria da Italia apodreceu para sempre encharcada no sangue que as balas e bayonetas francesas e austriacas derramaram á voz da curia romana? Se a politica das masmorras, dos desterros, da compressão inexoravel, preferida á politica evangelica da tolerancia, do perdão das injurias, da caridade sem limites, poderá varrer para sempre dos animos italianos o odio do dominio estrangeiro (quer directo quer indirecto) e o amor da liberdade politica? Esse odio e esse amor póde v.. julgá-los legitimos ou illegitimos: não disputarei sobre isso. Mas que elles não existam; que elles não possam triumphar algum dia, eis o que v.., por certo, não affirmará com a mão na consciencia. E nessa hypothese, quem saberá dizer até onde chegarão os excessos da colera e da vingança, azedadas pelo padecer, e até certo ponto legitimadas por elle, se legitimidade se póde dar em taes sentimentos? Parece-me que ao homem catholico é licito imaginar, sem que por isso vacille a sua ácerca da perpetuidade do catholicismo, que a igreja se entristece, ou deve entristecer, aterrada pelo porvir; é licito suppôr que as lagrymas dos seus futuros martyres vem de antemão cair-lhe ardentes sobre o seio materno. Se attribuir ao gremio dos fiéis, composto de homens, os affectos de dor e amargura desdiz de alguma cousa, não é, de certo, das tradições evangelicas, nem das tradições dos antigos padres. no seculo IV S. Hilario de Poitiers observava quão frequente era pintar-nos o evangelho como triste e afflicto o Filho de Deus ; e S. Gregorio Magno não duvidava de dizer: «A sancta igreja, emquanto vive esta vida de corrupção, não cessa de chorar os damnos das vicissitudes por que passa»: e n'outra parte: «A dor esmaga a igreja quando os perversos prosperarem na propria maldade» .

A alma e o corpo, os dous irreconciliaveis, inimigos de outro tempo, estão hoje para todos os olhos tão estreitamente unidos, tão profundamente identificados, que não ha abalo ou sensação que um experimente e de que o outro deixe de resentir-se logo. Pensam muitas mães que o melhor meio de emendarem os erros de seus filhos, são os ralhos repetidos e os castigos severos. Engano perfeito!

Morte de D. Maria Telles De todas as obras da creação é a mulher aquella em que mais profundamente está gravado o verbo indefectivel e supremo da providencia omnipotente.

O que repugnava ao seu espirito profundamente liberal e tolerante é que os individuos que não acreditassem no catholicismo se vissem obrigados a receber o sacramento do matrimonio, a praticar um acto contrario ao seu modo de pensar e que elle considerava um verdadeiro sacrilegio, uma offensa á religião.

Entrou na casa, onde tudo estava muito arranjado e muito limpo. Havia uma meza pequena, e sobre a meza, coberta com uma toalha de brancura irreprehensivel, sete pratos pequenos, sete garrafas pequenas, e ao longo da parede sete camas muito pequeninas. Branca comeu um pouco do que estava nos pratos, bebeu uma gota de vinho de cada copo, deitou-se na cama, resou, e adormeceu profundamente.

Era um ancião veneravel: tinha a fronte suave e pallida sulcada profundamente dessas rugas horisontaes, que são como as ondas que vem morrer nas margens exteriores do oceano tempestuoso dos pensamentos: o seu olhar era esse olhar manso, agasalhador, indulgente, que em certos velhos nos fascina e subjuga, e que nos faz dizer a nós os moços: Quem me dera ser teu filhoNas faces cavadas aninhava-se-lhe a fome ou a penitencia...

Realise-se esta hypothese figurada pelo primoroso romancista, a mulher profundamente e sinceramente religiosa ao do marido indifferente para umas coisas, incredulo para outras, sempre divorciado moralmente da mulher amada, e ter-se-ha esse obscuro inferno da vida domestica tantas vezes apontado, tantas vezes combatido por mim.

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