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Atualizado: 21 de julho de 2025


Citavam-se de cor frases inteiras da correspondência. Por exemplo: A deusa da festa dizem que recebeu telegramas de... amor. Uma facécia de mau gosto aludindo ao Proença telegrafista. Depois do que por se diz, é forte... Que afinal, quem sabe ? Entre os dois que diabo pode haver? Namoro? No grupo alguns tossiram forte, rindo. O Nunes interveio: Não senhores! Isto agora alto .

Nisto, entra pelo fundo o Teles todo de preto, no meio do Melo vestido de Santo António e do Proença telegrafista que fazia de Frei Inácio. Avançaram. Em baixo, o Felisberto mandou tocar o Hino da Carta

«Minha filha, ajoelha diante de Deus que nos escuta, e pede-lhe que faça duraveis os bons sentimentos no coração de teu esposo, e que te faça a ti sempre digna d'elles. Leocadia ajoelhou, e Francisco de Proença, arrebatado pelo bello funebre do lance, ajoelhou a par com ella. E oravam todos mudamente. O coronel tinha as mãos erguidas.

Foi, pois, bem natural o sobresalto de Luiz da Cunha quando viu na lista o nome Francisco José de Proença. Guiaram-no ao quarto d'elle. Proença, com o coração alvoroçado da surpresa, abraçou Luiz. Tu aqui!... exclamou elle. Não imaginei encontrar-te fóra do Rio! Vens de ? vejo que não. Venho da Europa. Ha que tempo sahiste do Rio? Ha tres mezes. Tu ignoras tudo, pelo que vejo.

Em Portugal ha-de saber-se que eu sou viuvo. A que foi mulher de Francisco de Proença, terá de hoje em diante outro nome. A senhora jámais dirá que eu sou seu marido: o punhal está sobre o seu seio esperando que essa palavra lhe passe os labios. Dou-lhe a vida, porque vejo o coronel moribundo que me supplica este heroismo... E eu não aceito a graça interrompeu Leocadia...

Aquelle homem que tira de uma tigella de barro com um garfo de ferro umas couves, é o mesmo que pagava dançarinas a cinco mil francos por mez; é o mesmo que vira fugir-lhe por entre os dedos cem contos de reis. E, comtudo, não tem ainda trinta annos! Que futuro! Proença vem a Porto-Rico, ao quarto mez de prisão de Cunha.

Com grande espanto de Proença, fizera a sua aposentadoria em casa do mulato, explicando esta nascente amizade por certo mysterio, que elle não dizia, porque não soubera inventál-o. Proença, suspeitando as intenções de Cunha, porque lhe não eram estranhos os boatos que corriam muito deshonrosos para o mulato, deu-se pressa em sahir de Buenos-Ayres com a sua carregação de cortumes para a Bahia.

Em 1833 expatriara-se para o Brazil. Filho d'um brigadeiro, visitava-se com João da Cunha, e fôra da roda de Luiz. O marido de Marianna encontrára-o no Rio de Janeiro, luctando com a adversidade, pobre, sem emprego, vivendo do trabalho esteril de amanuense d'um advogado. Soccorreu-o com um emprestimo de dinheiro para tentar o trafico da escravatura, pensamento dominante de Proença.

Desejava poder calcular approximadamente, pelos dados da vida, que morte será a minha. Tenho trinta annos. Proença! como se póde ser tudo o que eu tenho sido em quatorze annos! E que serás tu?! Eu sei!... o mais natural na minha situação é pedir uma esmola. E és capaz de pedil-a? Que duvida! Morrer de fome é escolher de todas as mortes a mais indecente. E gracejas!

Podéra ter-lhe dado pseudonimo; mas tão leal quero ser á verdade, que, a não poder, por melindre e respeito, dizer o seu verdadeiro nome, escrupulisei na invenção de outro. Leocadia, pois, sahiu da Madeira para Lisboa. No mesmo navio viera Francisco de Proença, que, em todo o tempo da viagem, não deu signal de ser ao menos relação de Leocadia. Sahiram para o Porto no primeiro hiate.

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