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Atualizado: 11 de julho de 2025


Torna Bacho dizendo, nam conheces O gram legiſlador que a teus paſſados Tem moſtrado o preceito a que obedeces Sem o qual foreis muitos baptizados? Eu parti rudo vello, & tu adormeces? Pois ſaberas que aquelles que chegados De nouo ſam, ſeram muy grande dano Da lei que eu dei ao neſcio pouo humano.

Ouui a vôx desta pena que glorifica discanta por ter ja Licença vossa para pintar a jornada. Se naõ chegar o pinsel a pintar cousa taõ alta em jornada taõ comprida bem posso pintar de auguada Que o colorido talvez con as distancias desmaya de pintura senhora e vosso amparo me valha Depois daquella grandesa de que todo o mundo pasma em que o pouo fes extremos e os grandes conta das galas

Eſte pouo que he meu, por quem derramo, As lagrimas que em vão caidos vejo, Que aſſaz de mal lhe quero, pois que o amo, Sendo tu tanto contra meu deſejo: Por elle a ti rogando choro, & bramo, E contra minha dita em fim pelejo. Ora pois porque o amo he mal tratado, Quero lhe querer mal, ſera guardado.

Atenta num que a fama tanto eſtende, Que de nenhum paſſado ſe contenta, Que a patria que de hum fraco fio pende Sobre ſeus duros hombros a ſuſtenta, Não no ves tinto de yra, que reprende A vil deſconfiança inerte & lenta Do pouo, & faz que tome o doçe freyo, De Rei ſeu natural, & nam de alheyo.

Em praticas o Mouro diferentes, Se deleitaua, perguntando agora, Pelas guerras famoſas & excelentes, Co pouo áuidas, que a Mafoma adora: Agora lhe pergunta pelas gentes De toda a Hispheria vltima, onde mora: Agora pelos pouos ſeus vezinhos, Agora pelos humidos caminhos.

La do Germanico Albis, & do Reno, E da fria Bretanha conduzidos, A destruir o pouo Sarraceno, Muitos com tenção ſancta erão partidos, Entrando a bocaja, do Tejo ameno, Co arrayal do grande Affonſo vnidos. Cuja alta fama antão ſubia aos ceos, Foy posto cerco aos muros Vliſſeos.

Tal do Rei nouo, o eſtamago acendido, Por Deos & polo pouo juntamente, O barbaro comete apercebido, Co animoſo exercito rompente: Leuantão nisto os perros o alarido Dos gritos, tocam a arma, ſerue a gente, As lanças & arcos tomão, tubas ſoão, Inſtromentos de guerra tudo atroão.

Deos por certo vos traz, porque pretende Algum ſeruiço ſeu por vos obrado: Por iſſo ſo vos guia, & vos defende Dos imigos do mar, do vento yrado: Sabey que estais na India, onde ſe estende Diuerſo pouo, rico & proſperado, De ouro luzente, & fina pedraria, Cheiro ſuaue, ardente eſpeciaria.

Mas elle, que do Rei ja tem licença Pera deſembarcar, acompanhado Dos nobres Portugueſes ſem detença Parte de ricos panos adornado: Das cores a fermoſa diferença A viſta alegra ao pouo aluoroçado, O remo compaſſado fere frio Agora o mar, despois o freſco rio.

Aqui feita do barbaro gentio A ſupersticioſa adoração, Direitos vão ſem outro algum deſuio, Pera onde eſtaua o Rei do pouo vão: Engroſſando ſe vay da gente o fio, Cos que vem ver o eſtranho Capitão, Eſtão pelos telhados & janellas Velhos & moços, donas & donzellas.

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