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Atualizado: 29 de outubro de 2025
Quem seria capaz de resistir ao aroma das poeticas flores, da poesia das frondosas arvores, por entre as quaes se interlaçam os mais exquisitos cipós, aroma que aos incautos, parecia atravessar esse immenso lago de milhares de legoas, para chegar até elles?
Na sua replica propoz-se o meu amigo demonstrar-me, para usar das suas mesmas palavras, que as chamadas sciencias exactas não eram tão destituidas de riquezas poeticas como eu apregoava e muita gente acredita, mormente a astronomia, sciencia que tem dado homens como Galileu, Newton e Laplace; que a mathematica «é uma atmosphera de verdade onde a alma humana respira a pleno peito o ar da vida»; e finalmente «que esta poesia da sciencia não era só accessivel aos espiritos iniciados n'ella», senão que tambem se lhe afigurava muito para ser entendida e afagada pelas mulheres.
Ser comido, haja o que houver; não serve para mais nada; o boi é para a lavoura, o cavallo para a guerra, as aves para o ar: o porco é para a pucilga; as aves são poeticas, o boi é laborioso, o cavallo é nobre, o porco é feio, immundo, e sem prestimo se não para o espeto e para a salga. Ser comido, ser comido; é a sina d'elle!
Os primeiros annos de sua vida, parece, Sá de Miranda passou-os nas poeticas margens do Mondego, em Buarcos, em casa de seu avô paterno João Gonçalves de Miranda. Deve ter estudado as primeiras letras de humanidades em Coimbra. São, porém, completamente desconhecidas as primeiras impressões de sua mocidade e nem se póde conjecturar ácerca dos seus primeiros professores e estudos.
Mysterio sobre as causas que moveram tão crúa guerra entre duas escolas poeticas aliás tão pacatas que nem se sabia nos respectivos bairros que ellas existissem: a escola da Idéa Velha e a escola da Idéa Nova! Os da Idéa Velha dizem que não ha nada como a idéa d'elles. E fundam-se para isto em que é uma idéa solida, experimentada, garantida.
«Ninguem, como ella, saboreou jámais tão longamente essas volupias solitarias da consciencia, essas reminiscencias poeticas, em que se cruzam simultaneamente todas as sensações da vida, tão vagas, e profundas e penetrantes, que, a prolongarem-se muito, fariam morrer, sem que pudesse dizer-se se era de delicia ou de amargura.
Fica immediata outra, onde estava um leito para dormir o Legado, cuja armação era de finissimos razes de seda e d'ouro, com bem lavradas figuras poeticas, e franjas subtilissimas. Havia tambem ahi uma mesa pequena de couro preto da India mais bello que o ebano, todo lavrado ao redor de folhagens d'ouro.
A Vida, o precioso documento anonymo que acompanha a segunda edição, de 1614, das obras poeticas de Sá de Miranda, serviu de guia e de base ao nosso estudo biographico-critico. Como tivemos occasião de ver, no que respeita a fixação de factos, ella nem sempre é veridica, deixando muito a desejar.
Os caracteres essenciaes d'essa poesia já hoje se podem indicar, e todos elles se consubstanciam n'uma palavra, que resume tambem as tendencias da nossa civilisação: o Humanismo. A inspiração social e naturalista vem substituir a sentimentalidade toda subjectiva e pessoal, ou o transcendentalismo contemplativo de outras idades poeticas.
La guardai vossas mostranças, Deus me torne ao meu buraco! Das composições poeticas de Sá de Miranda pode-se destacar um fabulario do mais alto e inapreciavel valor. Ainda ninguem soube fazer-lhe a merecida justiça de uma edição condigna.
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