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Atualizado: 17 de junho de 2025
Informado por um lacaio de que Maria Alexandrovna tinha carregado com Aphanassi Matveich do campo, de gravata branca, que o principe já está acordado, mas que ainda não desceu do quarto, Pavel Alexandrovitch, sem dizer palavra, vae lá acima ter com o tio.
Desde que cá veiu, escute... Comtudo... Se não quer, resigne-se a ficar a chuchar no dedo! E a mim que me importa? Eu com dó do senhor, e o senhor com ceremonias! Será para mim que eu ando a trabalhar? Eu, por mim, já nem cá fico esta noite. Pavel Alexandrovitch, muito contra sua vontade, encosta o ouvido á fisga da porta. Referve-lhe o sangue nas arterias.
Pavel Alexandrovitch, sem saber o que ha de dizer, volta costas e dá de rosto com Aphanassi Matveich de mão estendida para elle. Mozgliakov, alvar, não acceita a mão do conselheiro e faz-lhe rasgada contumélia, com pretenções a ironica. Acerca-se da Zina e, mirando-a a fito, socina-lhe:
Aproxima-se, muito senhor de si, mas de subito, escancara a bôca, e fica pregado ao chão, de assombrado. Com um sumptuoso vestido de baile, surge-lhe na frente a Zina, feraz, soberba, linda, e resplandecente de joias, toda ella. Nem conheceu o Pavel Alexandrovitch, os seus olhos nem se detiveram sequer no semblante de mancebo.
Reservo-me o direito de o rejeitar se assim o julgar necessario... Far-lhe-hei ainda notar o seguinte, Pavel Alexandrovitch: se veiu mais cedo do que tinha dito com o sentido em operar por meios indirectos, esperançado em fazer valer a sua influencia, a da mamã, por exemplo, enganou-se nos seus calculos. Se assim fôra, rejeitál-o-hia de vez, entendeu? E agora, basta, se me faz favor!
Que tal lhe pareceu? exclama Pavel Alexandrovitch, á gargalhada. Maria Alexandrovna perde de todo a paciencia. Eu não o entendo, na verdade, não posso comprehender de que é que se ri! começa ella com animação. Rir de um ancião respeitavel, de um parente! Rebentar a rir a cada palavra que elle solta da bôcca! Abusar d'aquella bondade evangelica! Tenho até vergonha de o ouvir, Pavel Alexandrovitch!
A senhora, então, procede desse modo, por amizade para com o principe... á laia de irmã de caridade? commenta o ironico Mozgliakov. Comprehendo essa sua pergunta, Pavel Alexandrovitch, é clarissima. Suppõe que estou fazendo uma confusão jesuitica dos interesses do principe com os meus.
Pendure para ahi a chuba, e venha commigo. Pavel Alexandrovitch, aturdido, atira para o lado a chuba e deixa-se levar para o quarto escuro, cuja porta dá para a sala. Mas que quer isto dizer! Nastassia Petrovna, não percebo patavina. Perceberá assim que ouvir. A comedia não tarda a principiar. Qual comédia? Chiton! Não fale tão alto! Qual comédia?
Estou tão contente, Pavel Alexandrovitch, (dir-se-hia pipilar) que estou capaz de gritar da janella abaixo o meu contentamento a quem passa pela rua. Sem falarmos da agradabilissima surpreza que nos proporcionou, a mim e á Zina, com vir quinze dias mais cedo do que o esperavamos.
Muito bem, eu tratarei de o saber... Dizia eu, pois, Pavel, que não deixo de ter culpas para com o senhor, mas, se é que póde julgar-me com conhecimento de causa, verá que se tenho alguma culpa é a de lhe querer bem em demasia. Com que então, quer-me bem? Esta a caçoar commigo, e certifico-lhe que não torna a enganar-me; serei muito creança mas nunca até esse ponto!
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