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Atualizado: 17 de junho de 2025
Em segundo logar... mas serei breve a semelhante respeito, é possivel que me não comprehendesse. O senhor só o que sabe é ler o tal seu Shakspeare, fonte aonde exclusivamente vae beber os seus nobres sentimentos; e d'ahi, o senhor está tão moço! Eu, comtudo, sou mãe, Pavel Alexandrovitch.
Tudo isso, sem duvida, lá por que o leu para ahi algures no tal seu Shakespeare! Acredite, Pavel Alexandrovitch, o seu Shakespeare já lá vae ha que tempos. Se elle resuscitasse, apezar de ser um génio, não percebia uma palavra do viver moderno. Se alguma coisa existe de majestoso, de cavalheiresco n'esta nossa sociedade contemporanea, é com certeza a aristocracia.
Terei que engulir a propria vergonha! E acredita talvez que não pensei no senhor, meu querido Pavel? Pelo contrario, em todos os meus calculos, o senhor tinha a sua parte. Ouso dizer, até, que foi por sua causa que eu emprehendi este negocio. Por minha causa! exclama Mozgliakov, desnorteado, d'esta vez. Como assim?! Meu Deus!
A fô... legar... muito contente... muito lam... peiro!... Que graça que... eu lhe achei! Refére-se a Napoleão, tiozinho? indaga Pavel Alexandrovitch, todo elle absorto, a observál-o. Principiava a surgir-lhe na mente um estranho pensamento, sem que elle pudesse formulál-o com clareza.
Pensa na Zina, revóca aquelle seu olhar de despedida tão pouco compativel com um desatinado amor. Lembra-se de que uma hora antes foi tratado por ella na qualidade de asno sem tirar nem pôr. Ante uma tal recordação, Pavel Alexandrovitch estaca de vez, como que pregado ao chão, e ruboriza-se a ponto de lhe virem as lagrimas aos olhos.
Está armando ao effeito!... Mas... eu para aqui a dar á lingua! Deixe-se estar, meu querido Pavel; vou saber noticias do principe. Talvez precise de alguma coisa, e com estes meus criados!... E saiu apressada Maria Alexandrovna.
Como é que se pode ser tão simples, ter vistas tão limitadas! exclama Maria Alexandrovna erguendo as mãos ao ceu. Esta mocidade! O tal Shakspeare! E ahi tem o que elle lhe arranjou, aquelle sonhador, aquelle phantasista! Viver da intelligencia e dos pensamentos alheios! E o senhor a perguntar meu bom Pavel Alexandrovitch, qual é n'este caso o seu interesse.
Tomo as suas palavras como mera brincadeira, Pavel Alexandrovitch; mas, ahi vem o principe, graças a Deus! Eu... c... cá... es... tou, guincha o principe ao entrar.
Pavel Alexandrovitch desenvencilha-se dando ao diabo a cainçada e o destino e, com a aba do casacão esfarrapada e uma indefinivel tristeza na alma, lá se vae arrastando até á esquina da rua. Ali, percebe que vae perdido.
E a mim que me importa? responde Maria Alexandrovna, a desfechar as palavras por cima do hombro a madame Ziablova. Como se me interessasse o que poderá pensar Anna Nikolaievna! Tenho a certeza em como não serei eu que mande seja quem fôr á sua copa. E demais, fique sabendo, muito me admiro de que me façam passar por inimiga da Anna Nikolaievna, coitada! Pois é opinião corrente em Mordassov. Ora seja juiz, Pavel Alexandrovitch. Conhece-nos a ambas: por que é que eu havia de ser sua inimiga? Para lhe disputar a supremacia? Sou indifferente a essas coisas! Ella que seja a primeira, eu lhe irei dar os parabens! Emfim, é injusto, e quero defendêl-a.
Palavra Do Dia
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