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Mas sou mãe, Pavel Alexandrovitch e seria incapaz de o impellir para mau caminho!...

Pavel Alexandrovitch trata logo de se approximar da Zina; está commovidissimo, com a voz a tremer: Zinaida Aphanassievna! Não está zangada commigo? diz timidamente e com modo supplice. Com o senhor? Mas por quê? pergunta a Zina um tanto ruborizada, erguendo sobre elle os esplendidos olhos. Pela minha vinda prematura, Zinaida Aphanassievna, não podia supportar mais longo apartamento.

Para maior clareza, consinta-me uma leve digressão. A Zina ama-o, é incontestavel Mas tenho notado que, a despeito do seu manifesto amor, o caracter de Pavel Alexandrovitch, as suas aspirações lhe tem incutido uma tal ou qual desconfiança. Por vezes, e como que de caso pensado, contêm-se, é fria para com o senhor. Eis o resultado das reflexões que a levaram a desconfiar.

Pois não reparou tambem n'isto que lhe estou dizendo, Pavel Alexandrovitch? Reparei, sim, hoje ainda. Mas que quer dizer com isso, Maria Alexandrovna? Bem , o senhor foi o proprio a reparar n'isso: logo, não me enganei. E acima de tudo, foi a estabilidade do seu caracter, a sua constancia o que mais duvidas lhe incutiu. Sou mãe, e não havia de conhecer o coração de minha filha!

Maria Alexandrovna! exclama Pavel Alexandrovitch, a tudo fiquei percebendo, agora! Portei-me como homem grosseiro, vil, reles!... Levanta-se com vivacidade e puxa pelos cabellos ás mancheias. E como homem inconsiderado, accrescenta Maria Alexandrovna, inconsiderado, eis o que o senhor é! Sou um asno, Maria Alexandrovna! exclamou com desespero o môço. E agora, está tudo perdido!

A Madame Ziablova, com o seu tino todo, está-lhe a crescer até agua na bôcca. Eu bem sei; nem é preciso que m'o lembre, que estou para aqui uma trapalhona... Pareço até uma cozinheira, pois não pareço? Maria Alexandrovna está com um cara de palmo. Afoito-me a affirmar que ouviu a proposta de Pavel Alexandrovitch com uma pontinha de terror. Quer sim quer não, teve mão em si.

Os santos me perdoem: apanhei um susto... vi as estrellas ao meio dia, eu esperava !... eu es... pera... va !... E tudo aquillo, por culpa do meu cocheiro, do Pamphilio: entrego-te este negocio, meu amigo, has de tratar do inquerito... Estou convencido de que attentou contra a minha vida! Muito bem! muito bem, tiosinho! responde Pavel Alexandrovitch, fica a meu cuidado.

Até que eu proprio lhe torne a falar n'isso, nem palavra a semelhante respeito. Foi proferido em tom firme, sêcco, o conjuncto d'este discurso, sem hesitações, como se fôra decorado de antemão. E Pavel sente o nariz a crescer-lhe. N'este comenos eis que entra Maria Alexandrovna. Logo atráz d'esta entra madame Ziablova. ahi vem, Zina! Quer-me parecer que não tarda ahi!

Se assim é,... é uma infamia! murmurou Pavel Alexandrovitch, esparvoado, fitando olho a olho a Nastassia Petrovna... Mas escute! Vae ouvir o bom e o bonito!... Escutar onde? Debruce-se se ali n'aquella frincha da porta. Mas... Nastassia Petrovna, eu sou homem que me ponha a escutar ás portas?! Emprega bem o seu tempo! Aqui, meu paezinho, é preciso metter a honra na algibeira.

"Foi uma fortuna carregar com elle o demonio! Que estou dizendo, foi o proprio Deus que veiu em meu auxilio." Pavel Alexandrovitch estava no vestibulo a enfiar a chuba, eis que rompe por alli dentro, saída não se sabe d'onde, a Nastassia Petrovna. Aonde vae? diz, agarrando-o pela mão. A casa do Borodoniev, Nastassia Petrovna, a casa do meu padrinho. Coube-lhe a honra de me baptizar.

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