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O pobre passarinho, queixando-se amargamente do seu captiveiro, batia com as azas nos arames da gaiola. O malmequer não podia, apesar dos seus desejos, articular-lhe uma palavra de consolação. Passou-se assim toda a manhã. « não tenho agua, exclamou a prisioneira. Saiu toda a gente, sem me deixarem ao menos uma gota d'agua. A garganta queima-me, tenho uma febre terrivel, sinto-me abafada! Ai!

Pobre passarinho! Emquanto vivia e cantava, esqueceram-se d'elle e deixaram-n'o morrer de fome na gaiola; depois de morto é que o choraram e lhe fizeram honrarias pomposissimas. A relva e o malmequer lançaram-as para a poeira da estrada; d'aquelle que com tanta ternura tinha amado a cotovia, ninguem se lembrou. *Não quero*

N'outra occasião, nós teriamos rido certamente do passarinho que tem no Brazil o nome de um historiador portuguez. Mas o contraste da bondade simples do brazileiro com a crueza glacial de D. Christina encheu-nos de simpathia e de estima por esse amoravel velho, que havia ligado o seu destino a uma mulher sem coração.

Era uma pequenita que parecia um passarinho encostado a uma harpa. Acompanhava-a um velho de cabellos brancos, a quem chamava avô, e que lhe transportava a harpa. Impressionava o contraste. Seria difficil dizer qual d'elles poderia melhor com a harpa, se o avô ou a neta. Elle tinha tanto de velho como ella de pequenina. E depois que tristeza dava o vêl-a vestidinha de preto!

Blau Nunes também não quis mais ver; traçou sobre o seu peito uma cruz larga, de defesa, na testa do seu cavalo outra, e deu de rédea e despacito foi baixando a encosta do serro, com o coração aliviado e retinindo como se dentro dele cantasse o passarinho verde...

Por ti, ventura... que uma vez senti; Por ti, que ás vezes a meu peito aperto E... o peito aperto sem te vêr a ti! Evora. Arida palma Tem seu licôr, Tem como a alma Tem seu amor; Tem como a hera Tem seu abril, Tem como a fera Tem seu covil. Tem toda a planta Que o sol queimou Lagrima santa Que a orvalhou, E o passarinho Que hontem nasceu tem seu ninho Que a mãi lhe deu.

E ficava como mentecapto, com os olhos turvos a contemplar as aguas do rio, que derivavam mansamente entre os salgueiros! Ficava no beiral do meu telhado o ninho das andorinhas. Imagine-se quanto custaria aquillo a um trolha, a um trolha que guarda sempre contra um passarinho o mesmo odio que um velho lobo de mar conserva implacavel contra um rato!

que não era verdade, não, que ella queria encobrir, que a D. Ermelindinha andava muito doente, nem comia, era mesmo um passarinho de magresa! e depois aquelle desgosto que a matava. A gente se distrahe. vão fallar-lhe nisso!... oh, Joaquina, cala-te por Deus,

Cedo, por uma manhã, levemente enevoada, os oito caixões pequeninos, cobertos d'um velludo vermelho mais de festa que de funeral, com molhos de rosas espalhados, contendo cada um o seu montesinho d'ossos incertos, sahiram aos hombros dos coveiros de Tormes e dos moços da quinta, da Egreja de S. José, cujo sino leve tangia, na enevoada doçura da manhã, quanto fina e levemente! como pia um passarinho triste.

Pela estrada plana, toc, toc, toc, Guia o jumentinho uma velhinha errante. Como vão ligeiros, ambos a reboque, Antes que anoiteça, toc, toc, toc, A velhinha atraz, o jumentito adiante!... Toc, toc, a velha vae para o moinho, Tem oitenta anos, bem bonito rol!... E comtudo alegre como um passarinho, Toc, toc, e fresca como o branco linho, De manhã nas relvas a córar ao sol.

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