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Atualizado: 18 de maio de 2025
Por intermittencias, nem mesmo um ciciar de passarinho, ou esse mysterioso, farfalhante correr de lagarto, que parece suscitar não sei que extranhos sobresaltos nas florestas do meu paiz. Formava a clareira como um salão circular preparado pela natureza para receber-me.
E as tafulas cahindo a todo o risco, Bem como o passarinho cahe no visco: Vestidos de magnifico valor, Chailes, e mantas de mimosa côr. Muitas diversidades de filós, E outras taes tentações: pobres de nós!
No mesmo arbusto onde o ninho Teceu a ave innocente Se volta a quadra inclemente Acha abrigo o passarinho: Mas eu n'esta soledade Quando em meus sonhos te estreito, Rosto a rosto, peito a peito, Acordo e acho a saudade! Adeus pois morte! adeus vida! Adeus infortunio e sorte! Adeus estrella do norte! Adeus bussola perdida! Coimbra.
De Jacintho só recebia raramente algumas linhas, escrevinhadas á pressa por entre o tumulto da Civilisação. Depois, n'um Setembro muito quente, ao lidar da vindima, meu bom tio Affonso Fernandes morreu, tão quietamente, Deus seja louvado por esta graça, como se cala um passarinho ao fim do seu bem cantado e bem voado dia. Acabei pela aldeia a roupa do luto.
Emquanto uma criança abre a cova e outra sustenta uma cruz de pau, formam as restantes o funebre cortejo do passarinho. O feretro vae deposto n'um carrosito de pau, o melhor que se póde arranjar. Umas pequenitas tiram pelo carro, em direcção á cova, que se está abrindo.
Ouve as cantigas, que as raparigas, No S. João, Soltam ao vento como um lamento Do coração! ............................ A vossa capella cheira, Cheira ao cravo, cheira á rosa, Cheira á flor da laranjeira... Laranjeira desfolhada Numa noite de orvalhada, No leito d'algum linhar... Mas a alcachofra cortada Sabe alguem se vae seccar?! Passarinho trigueiro, Põe-te na areia!
No dia seguinte de manhã, assim que o malmequer abriu as suas folhas ao ar e á luz, reconheceu a voz do passarinho, mas o seu canto era triste, muitissimo triste. A pobre cotovia tinha boas rasões para se affligir: haviam-n'a agarrado e mettido n'uma gaiola, suspensa entre uma janella aberta.
Cantava a alegria da liberdade, a belleza dos campos e as suas antigas viagens atravez do espaço illimitado. O pequenino malmequer tinha boa vontade de lhe acudir: mas como? Era difficil. A compaixão pelo pobre passarinho prisioneiro, fez-lhe esquecer inteiramente as bellezas que o cercavam, o doce calor do sol e a alvura resplandecente das suas proprias folhas.
Onde o meu êrro viste, ou desvario, Que pôde merecer-te hum tal desvio? Pois as aves, que no ar cantando vôão, Não menos humas d'outras s'affeiçôão. A musica do leve passarinho Que sem concêrto algum sólta e derrama, De hum raminho saltando a outro raminho, Mostra que por amor suspira e chama.
Ao cabo de alguns minutos de concentrada leitura, ouviu pipillar em cima. Na extremidade de um ramo, que balouçava de leve, chilreava um passarinho, inclinado para baixo, entreabrindo assustado, com fremitos, as azas. Gertrudes poisou o livro de banda, subiu ao banco, e, fincando-se na ponta dos pés, aprumou-se para espreitar.
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