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Despois de n'ágoa entrar, donde sahírão, Com tão formoso sol tantas estrellas, Ja as ancoras debaixo acima tirão, E de cima ja abaixo soltão vellas. Estas naos adiante outras naos vírão, Que fazendo-se vem na volta dellas; Conhecêrão-se logo as duas frotas: Ambas d'hum Reino são, ambas devotas.

Basta a circumstancia de ser a carta de Pero Vaz Caminha, que ia n'uma das treze náos da frota de Cabral como futuro escrivão do almoxarifado que o almirante devia fundar nas Indias, datada de 1.º de maio, para tornar patente a impossibilidade do descobrimento a 3 desse mez. Nessa carta, onde Vaz Caminha conta do descobrimento, lê-se que elle foi effectuado a 22 de abril.

Cortando vão as naos a larga via Do mar ingente, pera a patria amada, Deſejando prouerſe de agoa fria, Pera a grande viajem prolongada: Quando juntas com ſubita alegria, Ouuerão vista da ilha namorada, Rompendo pelo çeo a mãi fermoſa De Menonio, ſuaue & deleitoſa.

Entre guerreiras machinas envolto, Entre abrazadas náos vejo Archimedes: Cheio de palmas, de laureis lhe chora De Siracuza o vencedor, a morte; Foi esta a vez primeira, ó grão Marcello, Que sobre a Terra fez Heroes o pranto! Illustre pranto, que aligeira ao Mundo O ferreo jugo do Latino Imperio!

De como tendo El-Rei determinado passar em Africa, convertia a armada contra os inglezes pela tomada, das náos de Portugal, e desistiu d'isso pela morte do conde Baroique, e se ordenou a ida sobre Arzilla E n'este anno e assi no passado determinou El-Rei de passar em Africa, para que teve em pessoa, e assi mandou ter praticas e conselhos em Lisboa nas casas do conde de Monsanto.

Eſte de quem ſe os Mouros não guardauão, Por ſer Mouro como elles, antes era Participante em quanto machinauão, A tençam lhe deſcobre torpe, & fera: Muitas vezes as naos que longe eſtauão Viſita, & com piedade conſidera O dano, ſem razão, que ſe lhe ordena, Pela maligna gente Sarracena.

O naos, a cella ou sanctuario dos deuses, era pequeno; o que dava amplidão ao tempo classico, o pro-naos, o portico que mais ou menos envolvia o naos, correspondia ao culto e aos ritos pagãos; não se amoldava, porém, aos do Christianismo, cujas multidões, sempre crescentes, precisavam reunir-se amiudadas vezes para os exercicios divinos.

Aqui de limos, caſcas & doſtrinhos, Nojoſa criação das agoas fundas, Alimpamos as naos, que dos caminos Longos do mar, vem ſordidas & immundas: Dos oſpedes que tinhamos vizinhos Com moſtras apraziueis & jocundas, Ouuemos ſempre o vſado mantimento Limpas de todo o falſo penſamento.

Vereis a terra que a agoa lhe tolhia, Que inda ha de ſer hum porto muy decente, Em que vão deſcanſar da longa via, As naos que nauegarem do Occidente. Toda eſta coſta em fim, que agora vrdia, O mortifero engano, obediente, Lhe pagar

Dali pera Mombaça logo parte, Aonde as naos eſtauão temeroſas, Pera que aa gente mando que ſe aparte Da barra imiga, & terras ſoſpeitoſas: Porque muy pouco val esforço, & arte, Contra infernais vontades enganoſas: Pouco val coração, aſtucia , & ſiſo, Se la dos Ceos nam vem celeſte auiſo.