Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 10 de maio de 2025


Sómente, para dar ao conto um relevo de modernidade e de realismo picante, levaria a Nympha das aguas, durante a jornada do Nilo, a enamorar-se de Fradique e a trahir Jupiter!

Ah rigorosa Nympha! ah! não me faças Dar em vão tantos gritos: vem; iremos Ambos a levantar as verdes naças. Ambos os anzoes curvos cobriremos De mentirosas iscas, com que os peixes A todo prazer nosso prenderemos. A praia está callada, o mar em calma; Por cima desta rocha brandamente Zephyro respirando a desencalma.

São estas, Nympha, as tranças dos cabellos, Que fazem de seu preço o ouro alheio, Como a mi de mi mesmo com vellos? He esta a alva columna, o lindo esteio, Sustentador das obras mais que humanas, Qu'eu nestes braços tenho, e não o creio? Ah falso pensamento, que me enganas! Fazes-me pôr a boca onde não devo, Com palavras de doudo, ou quasi insanas! Como a alçar-te tão alto assi me atrevo?

Nesta 'spessura longo tempo amei: Se m'enganei com quem do peito amava, Não me pezava de ser enganada. Fui salteada, emfim, d'hum pensamento, Que hum movimento tinha casto e são. Conversação foi fonte dest'engano Que, por meu dano, entrou com falsa côr. Porque o amor na Nympha, que he segura, Entra em figura de vontade honesta. Mas que me presta agora dar desculpa?

Era a mocidade maleavel e viva, a intelligencia sagaz que tudo penetrava sem esforço, o genio desprezando artificios, e dando-se á plateia em relampagos e como mulher, uma nympha de Clodion, elançada e viva.

Nem elle nem ella porém podiam esconder a sua origem divina: através do vestido de cassa o corpo da Nympha irradiava uma claridade; e, attendendo bem, vêr-se-hia a fronte marmorea de Jupiter arfar em cadencia, no calmo esforço de perpetuamente conceber a Regra e a Ordem. Mas Fradique?

Viu-a Jano, e de a ver ficou perdido; combateu lhe o rigor com brandos rogos, e a sólita resposta obteve em prémio: que entrasse além na gruta. Obedeceu-lhe; segue-o a principio a Nympha... eis pára... eis foge. O que lhe fica apóz Jano. Ó louca, no usado esconderijo em vão confias; olha como t'o observa, e t'o devassa.

Tanto se forão, Nympha, costumando Meus olhos a chorar tua dureza, Que vão passando ja por natureza O que por accidente hião passando. No que ao somno se deve estou velando, E venho a velar minha tristeza: O chôro não abranda esta aspereza, E meus olhos estão sempre chorando. Assi de dor em dor, de mágoa em mágoa, Consumindo-se vão inutilmente, E esta vida tambem vão consumindo.

Gallo, porqu'endoudeces? que a formosa Nympha, que tanto amaste, descobrindo Por falsa a , que dava, e mentirosa; Por as Alpinas neves vai seguindo Outro bem, outro amor, outro desejo; Como inimiga, emfim, de ti fugindo.

Os olhos com que todo me roubastes Forão causa do mal que vou passando; E vós estais fingindo o não causastes. Mas eu me vingarei. E sabeis quando? Quando vos vir queixar porque deixastes Ir-se a minha alma nelles abrazando. Se com desprezos, Nympha, te parece Que podes desviar do seu cuidado Hum coração constante, que se offrece A ter por gloria o ser atormentado.

Palavra Do Dia

esforço

Outros Procurando