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Atualizado: 26 de junho de 2025
Sobre alto throno ha annos que regia De docil povo turba obediente: Mas quer antes sentar-se humildemente N'hum banco da Real Secretaria; Qual modesto Capucho reverendo, Que em fim de Guardiania triennal Passa a Porteiro as chaves recebendo. Em mim conheço vocação igual: E co'a mesma humildade hoje pertendo Passar de Mestre a ser Official. A hum Padre Guardião.
Duas contrárias, que huma a outra mata, A Morte contra Amor junta e altera; Huma, Razão contra a Fortuna austera; Outra, contra a Razão Fortuna ingrata. Mas mostre a sua imperial potencia A Morte em apartar de hum corpo a alma, O Amor n'hum corpo duas almas una; Para que assi triumphante leve a palma Da Morte Amor a grão pesar da ausencia, Do tempo, da Razão, e da Fortuna.
Não fallo nas qualidades, que deve ter a aguardente para ser perfeita, porque he desconhecido neste paiz o areometro. A forma de a escolher, he agitalla n'hum pequeno copo, e a maior, ou menor demora da espuma, que faz, he, o que lhe mostra a bondade; e qualquer que ella seja, toda tem sahida. Sobre o tratamento do gado, e bestas.
Ja hum peito abrandára, que não sente, Este meu grave mal, segundo he forte; Se descêra do inferno ao Polo ardente, A piedade movêra a propria morte. Pois se huma gotta d'agua brandamente Torna brando hum penedo, duro e forte, Tantas lagrimas minhas não farão Hum pequeno sinal n'hum coração?
Ás casas, em que jogo sempre havia; Levava-me na sua companhia; Eu pois n'hum vicio tal sempre embebido, Me vi por muitas vezes bem perdido; Jogava o que era meu, e mais o alheio, Até que já sem brio, e sem receio, Achando que de meu não tinha nada, Voltei-me para ser ladrão de estrada. Ficar deve em memoria esta lição, Que o bem, e o mal provém da educação.
Vejo n'hum throno, sobranceiro a muitos, O magestoso vulto auri-esplendente Do novo Tullio, o fluido Lactancio, Talvez maior, que o Consular de Arpino. Não era longe delle, em sombra envolto Da prizão melancolica, Boecio; Vai banhando os grilhões d'amargo pranto Té que raiando vio Filosofia, Que as sombras rompe, as lagrimas lhe enchuga.
Ao longo do sereno Tejo, suave e brando, N'hum valle d'altas árvores sombrio Estava o triste Almeno Suspiros espalhando Ao vento, e doces lagrimas ao rio. A noite escura dava Repouso aos cansados Animaes esquecidos da verdura; O valle triste estava Co'huns ramos carregados, Qu'inda a noite fazião mais escura.
Assi que quando a via ser perdida, A mesma perdição a restaurava: E em mansa paz estava Cada hum com seu contrário em hum sogeito. Oh grão concêrto este! Quem será que não julgue por celeste A causa donde vem tamanho effeito, Que faz n'hum coração Que venha o appetite a ser razão?
Seguindo a piza ao fundador, ao mestre Da sciencia astronomica, empunhava O Telescopio do subtil Campani; De Saturno os satellites descobre Quasi todos então; busca as estrellas, Que immortal Galileo Primeiro achára, Luas de Jove são; fanal aos nautas; O espantoso fenomeno nos mostra Da luz Zodiacal, co'a parallaxe Do sanguineo, medonho, accezo Marte A distancia marcou do Sol á Terra, Distancia que confunde a mente humana, E que a luz n'hum momento abrange, e corre; Sabio traçou Meridiana linha, E por ella nos mostra o variante Moto veloz da Terra ao Sol em torno.
Imagens vãas me imprime a phantasia; Discursos novos acha o pensamento; Com que dão á minha alma grão tormento Cuidados de cem annos n'hum só dia. Se fim grande tivessem, bem sería Responder a esperança ao fundamento: Mas o fado não corre tão a tento, Que reserve á razão sua valia. Caso e Fortuna pódem acertar; Mas se por accidente dão victoria, Sempre o favor da Fama he falsa historia.
Palavra Do Dia
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