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Atualizado: 23 de junho de 2025


O mulato esperava agora, no meio d'uma grande anciedade, que a noute descesse, com o seu manto de sombras e de escuridão, para realisar os seus planos. A carta de Luiz a Magdalena estava em seu poder. O mulato commettera a infamia de a abrir, de devassar o seu contheúdo. Para elle, aquella folha de papel, era uma preciosidade que valia muito.

Luiz era um homem de dignidade e a isto juntava agora todo o amor que o inflammava. E bem ameaçado deixára o mulato antes de partir para Macahé, fazendo-lhe sentir que Magdalena lhe era uma pessoa sagrada, e que teria de justar com elle todas as contas, se de qualquer modo a offendesse, injuriasse ou affrontasse.

Com grande espanto de Proença, fizera a sua aposentadoria em casa do mulato, explicando esta nascente amizade por certo mysterio, que elle não dizia, porque não soubera inventál-o. Proença, suspeitando as intenções de Cunha, porque lhe não eram estranhos os boatos que corriam muito deshonrosos para o mulato, deu-se pressa em sahir de Buenos-Ayres com a sua carregação de cortumes para a Bahia.

No entanto, Magdalena acompanhada pelo cabinda, ao dirigir-se a casa, depois d'aquella scena violenta, que tanto a excitára, ia-lhe dizendo, com ar de quem lhe impunha a sua vontade: Olha que não quero que alguem saiba do que se acaba de passar-se. Descance a minha filha. Nem mesmo ao senhor Luiz, quando chegar, ouviste? Nem o branco? Nem esse. Então o mulato hade ficar assim?

De balde em Lisboa gritas, Attestando a Italia inteira, Que regeste huma Cadeira Nos Claustros dos Jezuitas; As obras que vejo escritas Provão que nos tens mentido; Até das Ordens duvido, Quando as tem cabeças tontas; Tu, pelas minhas contas, Ès hum mulato fugido.

No entanto, Magdalena estava collocada entre as saudades que a pungiam, lembrando-se da ausencia de Luiz, entre os receios da entrevista concedida ao mulato a horas tão pouco apropriadas, e os grandissimos desejos de receber a carta, que o seu eleito lhe havia deixado. n'isto a formosa menina pensava, isto a absorvia completamente.

Em uma d'essas tardes de innocentissimo prazer, entrou na loja de D. Maria José um mulato offegante, com os olhos vidrados de lagrimas, e exclamou em soffocativas intermitentes, dirigindo-se a Raul: Menino, venha depressa a casa... venha depressa... que o snr. conde... Que é, Damião?! interrompeu Raul que tem meu pae?...

Recommendava o bilhete um segredo inviolavel. O temerario foi, sem consultar Proença, e encontrou o homem que vira em casa do negreiro. O senhor quer ser rico? perguntou o mulato. Quero. Ninguem responde com mais concisão, nem mais depressa. Se quer ser rico, siga outro rumo. A escravatura deu em droga. Metade dos negros morrem no porão: os outros ninguem os quer a cem mil reis fortes por cabeça.

Sou um criado do senhor convertido, e da senhora innocentinha! Agora pega-lhe com um trapo quente. E dizem que és esperta! Os espertos cáem em cada langará, que não sei o que te diga, Rosa! Ora beija as mãos ao teu Luizinho que t'a pregou na menina do olho! Isto havia de acontecer tarde ou cêdo! Eu sempre tive quizilia com tua filha, e com o mulato; por alguma cousa era.

Este homem tão infamemente ultrajado, e que foi meu visinho no Bihé, presentemente morador no concelho do Dombe, no districto da cidade de Benguella, chama-se Caetano José Ferreira, natural do Barreiro, suburbio de Lisboa, e tem tanto de mulato, quanto o illustre viajante tem de boa nos seus escriptos.

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