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Atualizado: 29 de julho de 2025


Ultimamente ia-lhe no craneo um ruido extranho. Constellações de fogo, mundos e coisas terrenas confundiam-se. O olhar absorto, tremendo de frio dentro do casaco d'alpaca, olhava o céo n'um extasi. De que tombára? De fome ou d'um sonho? Consummira-se como um tronco n'um lar. Deram com elle cahido na taboa molhada d'aquella ignobil latrina de casa d'hospedes.

Quanto mais ledo ja te estive vendo Aqui as mansas ondas esperando, Que por chegar a ti vinhão correndo, E da molhada areia despegando Com a candida mão roxas conchinhas, A fórma do teu nella deixando? Daquellas, de que tu mais gôsto tinhas, Muitas te trago aqui, postoque temo Que menos o terás por serem minhas.

Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do Estado, e todos nos tratamos por Excellencia. Era Lisboa e chovia. Vinhamos poucos no comboio, uns trinta talvez gente simples, de maletas ligeiras e sacos de chita, que bem depressa atravessou a busca paternal e somnolenta da Alfandega, e logo se sumia para a cidade sob a molhada noite de março.

Se eu a visse ahi de noite, diabos me levem se não deitava a fugir com medo! A lavadeira ria-se. Medo de quê, rapaz? Sume-te! dizia o moleiro. De noite, as bruxas é que veem lavar aos rios... Adeusinho, tia Joaquina. Adeus, ó Jeronymo. Era noite, quando a Joaquina voltou para casa, carregada com o alguidar da roupa molhada á cabeça.

Deus levou-me teu pai, Jorge; e Deus não me podia enganar quando d'aquella tribuna, estando eu ajoelhada sobre esta lousa, me dizia que a compensação da boa alma que chamou para si, eras tu. Lembras-te d'uns beijos fervorosos que eu te dava, quando erguias as mãos ao de mim n'este mesmo sitio? Não te deixava eu a face molhada de minhas lagrimas, Jorge? Lembras-te?

Mas o commendador, ao vel-a concentrada e soluçando a furto, no dia seguinte, com os olhos, mudamente cheios de quérulas expressões, fitos na rapariguinha, acercou-se-lhe paternal e, com a voz molhada de benevolencias, consolou-a a meio. Que se não affligisse, ponderou. A pequena voltaria com elle e com a familia, d'ali a annos. E com quanta vantagem para ella!

Porque é então e vão muitos annos que a certas horas de silencio me lembra essa pobre creatura e as suas palavras ingenuas, o sorriso da mulher vesga e o pobre corpo magrinho e encharcada da chuva, todo dorido da vida? Vejo-a aqui, aqui no escuro, descalça, molhada até aos ossos e a sorrir-se para mim, com um sorriso piedoso, todo lagrimas, com um sorriso tão triste que me piza o coração.

E o Gebo d'olhos postos em Sofia, embevecido, sabia dizer, n'uma voz molhada de lagrimas: A minha filha! a minha pobre filha!... Fazia falta a mulher, que o atirava para a vida, e muitos dias, sem um exaspero, sem um grito, embrulhado nos farrapos, quieto na enxerga, elle era como uma bola de gordura, d'onde corria um ruido de choro resignado e triste.

Oiço o meu amado á porta: Ah formosa sem senão, Minha pomba, minha amada! Trago a cabeça molhada, E os anneis do meu cabello Todos escorrendo orvalho, Estou mais frio que um gelo. Dá-me isto agora um trabalho... Despi-me, lavei os pés, Estou na cama deitada, E é uma pena, bem vês, Vestir-me agora outra vez, Andar inda levantada.

E a Joanninha que se via dentro levantou-se, poz um par de sapatos velhos ao calor do lume e dependurou tambem ao calor do lar uma jaqueta velha do pai, e quando o pai entrou com Fiel, tirou-lhe Thomé a jaqueta molhada e pegou-lhe na espingarda, e Joanninha deu-lhe os sapatos quentes e a jaqueta bem enxuta.

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