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Atualizado: 1 de maio de 2025


Isto fê-la rir: era mais linda quando ria: tudo brilhava nela, os dentes, a pele, a côr do cabelo. Êle continuou gracejando, com o seu plano de se fazer moleiro, e de ir pela estrada tocando o burro, carregado de sacas de farinha. E eu venho ajudá-lo, primo! disse ela, animada pelo seu próprio riso, pela alegria daquele homem a seu lado. Vem? exclamou êle. Juro-lhe que me faço moleiro!

"Fale um!" gritou o prior. "Assim fico jejuando." "Foi....." disseram todos ao mesmo tempo. "Peior!" acudiu o parocho. "Cada um por sua vez. Vamos." "Saiba vossenhoria..." vociferou o moleiro, ganiu Perpetua Rosa, flautou a ama, murmurou o Manuel, pipitou Bernardina, clamaram os circumstantes. "Visto isso, é impossivel saber de que se tracta?" interrompeu de novo o prior. "Está bom... Não importa!

"Homem disse por fim o prior tenho em minha mão uma somma avultada; mais de quinhentos mil réis (o moleiro estendeu o pescoço); pertencem a um devoto, que os quer dar em dote a uma rapariga pobre desta freguezia. Encarreguei-me do negocio, e deitei as minhas linhas para dar no vinte. Mas temo não acertar, e venho bater comtigo.

Não como, não durmo, ando doudo. Não basta a massada que gramei... Ahn! ahn! ahn!" Chorava em berreiro, e o chôro não o deixava continuar. As lagrymas começaram tambem a bailar nos olhos do prior, que ficou por alguns momentos pensativo. "Levanta-te, rapaz dos meus peccados: disse elle por fim, puxando pelo braço do moleiro. Vamos; confessa a verdade: estás arrependido do que fizeste?"

"Se vossenhoria é servido do nosso almoço" bradava o moleiro" não tarda ahi um credo. Pobre, mas de boamente." "Obrigado! obrigado!" respondeu o prior sem se voltar, brandindo para trás a bengala, como quem dizia adeus. E pensava comsigo: "Fóra, miseravel sovina!"

Decorridos oito dias, a gente da aldeia acordou sobresaltada com o tiroteio, com o rufo das caixas e o som dos clarins. Feria-se uma batalha a pequena distancia. Quando a tropa alli passou, todos viram o Simão moleiro, que parecia outro! Ia magro, esfalfado, com os sapatos rotos, coberto de , a espingarda ao hombro, a mochila ás costas e a chorar!

Eis o caso: o Bartholomeu da Ventosa era rico e avaro; mas bestialmente avaro: Perpetua Rosa pobre, pobrissima. Por mal de peccados fôra ella antigamente lavadeira do casal do moinho, ou antes dos moinhos, porque para a exacção historica deve-se advertir que o moleiro possuia dous. Uma vez, que levára grande porção de roupa, tinha perdido tres saccas velhas e rotas.

Quando a filha do moleiro chegou ao rio e ia a metter o macho na agua, um dos homens, que ali estava, gritou-lhe: Não mettas o burro á agua, rapariga; olha que te afogas e mais elle. Espera que eu vou. A rapariga soffreou o macho e esperou.

Se eu a visse ahi de noite, diabos me levem se não deitava a fugir com medo! A lavadeira ria-se. Medo de quê, rapaz? Sume-te! dizia o moleiro. De noite, as bruxas é que veem lavar aos rios... Adeusinho, tia Joaquina. Adeus, ó Jeronymo. Era noite, quando a Joaquina voltou para casa, carregada com o alguidar da roupa molhada á cabeça.

De homem para homem ellas são indubitaveis; mas, porventura, vão mais longe. Ao menos eu creio que os calções, a casaca e o chapéu armado do moleiro actuavam fortemente no seu espirito por influencia occulta.

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