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Mas a alma, que de vos acompanha, Nas azas do ligeiro pensamento Para vós, águas, vôa, e em vós se banha. Senhor João Lopes, o meu baixo estado Hontem vi posto em grao tão excellente, Que sendo vós inveja a toda a gente, por mi vos quizereis ver trocado. O gesto vi suave e delicado, Que ja vos fez contente e descontente, Lançar ao vento a voz tão docemente, Que fez o ar sereno e socegado.

Está isso assi do ceo. Sabe ella jogar a bola? Não. Pois não vos entendeo. Ora eu ja cheguei a ler Petrarca, e crede de mi Que nunca tal cousa vi. Onde mora o bom saber, Logo sinal de si. Onde casada puzestes, Dizei, porque não dissestes La que yo vi por mi mal. Renunciava o metal; Qu'em rifõeszinhos como estes, Ha-se-de pôr tal com tal.

Mas, está feito, está feito; e, se se fôr a apurar, que entrei neste lugar tudo me sae em proveito. me regala ver coisas tão formosas, que se fica parvo a vê-las! Eu remiro-as, porém ellas, de lustrosas, a nós outros são danosas. «Fala á Rainha» Meu caminho não errou? Deus queira que seja aqui, que eu pouco sei de mi, nem deslindo aonde estou.

Y así digo que acabeis, O ojos, ya de matarme; Mas muerto volved á mirarme, Porque me resusciteis. A DONA FRANCISCA DE ARAGÃO, QUE LHE MANDOU GLOSAR ESTE VERSO: Mas porém a que cuidados? Tanto maiores tormentos Forão sempre os que soffri, Daquillo que cabe em mi, Que não sei que pensamentos São os para que nasci.

Assi que a paga igual de minhas dores Com nada se restaura; mas devêsma Por ser capaz de tantos desfavores. E se o valor de vossos amadores Houver de ser igual comvosco mesma, Vós comvosco mesma andai de amores. Se tanta pena tenho merecida Em pago de soffrer tantas durezas; Provai, Senhora, em mi vossas cruezas, Que aqui tendes huma alma offerecida.

E pois por vós me perdi, E neste estado Amor pôs Os olhos com que vos vi, Pois os deixaste sem mi, Oh não os deixeis sem vós! Porque a Fortuna me disse Que nas serras, onde andais, Em estes extremos tais, Não era bem que vos visse Para não ver de vós mais. E pois Amor se quiz ver Da livre vida vingado, Em que eu sohia viver; Faça em mi o que quizer, Que aqui vou ao jugo atado.

Senhora, pois minha vida Tendes em vosso poder; Por serdes della servida, Não queirais que destruida Possa ser. Volta. Isto não por me pezar De morrer, se vós quizerdes; Que melhor me he acabar Mil vezes, que supportar Os males que me fizerdes; Mas por serdes servida De mi, em quanto viver, Vos peço que minha vida Não queirais que destruida Possa ser.

Despois de ver hum cuidado Tão contente de seu mal, Verieis o natural Do que aqui vêdes pintado; Que o perfeito Amor, de que sou sogeito, Vereis aspero e cruel, Aqui com tinta e papel, Em mi com sangue no peito.

Que por mais de mil cabras que tivesse, Jamais esta vontade mudaria; Que buscava saber, não interesse. E que de melhor mente casaria Com hum qualquer pastor, pobre de gado, Se nelle as partes visse, que em mi via.

Mas ja soffrivel fôra Qu'em matar-me ella mostre firmeza, Se não achára agora Tambem em mi mudada a natureza; Pois sempre o coração tenho turbado, Sempre d'escuras nuvens rodeado. Sempre exprimento os fios Qu'em contino receio Amor me manda; Sempre os dous caudaes rios, Qu'em meus olhos abrio quem nos seus anda, Correm, sem chegar nunca o Verão brando, Que tamanha aspereza mudando.

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