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Tudo vive, tudo ama, parece que tudo é feliz. Ha uma embriaguez de côr. E nas varetas dos leques saltitam os beijos que caem das bocas. A Sierpes, á noite, palpita com todo o anceio de tumultuosa cidade... Nos pateos, sob as pequenas palmeiras e musas, os flirts sussurram palavras de entontecer... Como tudo brilha!

Se alguma vez as donzellas deixavam passar o riso atravez das rendas finas dos seus leques, logo a camareira-mór intervinha, sevéra, a repreender. Nos tapetes morriam os sons dos passos; os grossos reposteiros abafavam o ruido das vozes. O silencio era eterno, como essa grande e aniquilladora magua que abatera a vigorosa mocidade do Rei.

As ordens eram severissimas relativamente á entrada; era impossivel assistir á sessão legislativa, sem um bilhete perfeitamente em regra, e verificado mais d'uma vez com o maior cuidado. N'uma das primeiras tribunas, um pouco á esquerda, viam-se duas mulheres novas, e notava-se mais que uma era trigueira e outra loura. Sorriam e agitavam habilmente os seus leques.

O-Hana éra uma d'essas japonezinhas embebidas de enlevo e de exotismo, taes como vós as conheceis dos leques, dos biombos.

Uma brisa tépida soprava apenas. O sol ia declinando no horisonte. Nas ruas mexiam-se as multidões apressadamente. Alguns cavalheiros de chapéu na mão limpavam o suor da testa. As damas, mesmo á janella, agitavam os leques phreneticamente. Os freguezes entravam nos botequins, e pediam sorvetes. Estava proxima a hora do passeio, a hora de luar, a hora de amor.

Vejo-as: com os seus grandes chapeos á directorio, de cintas muito curtas e leques de plumas, levantando graceis os vestidos compridos, mostrando, n'uma coquetterie quasi infantil, a meia de seda clara arrendada, com fitas a enlaçar, como era a moda. Têm uma doçura pallida, um encanto murcho d'outros tempos, um perfume apagado, immaterial, essas historias tão graciosas e tão puras.

E em redor, formando círculo, as damas, com vestidos de ramagens, cobertas de plumas, as mangas estreitas terminadas num fofo de rendas, mitenes de retroz preto cheias da scintilação dos aneis, tinham sorrisos ternos, cochichos, doces murmurações, risinhos, e um brando palpitar de leques recamados de lantejoulas. Muito bonito, diziam, muito bonito!

«Não houve homem fidalgo que não comprasse muitos corpos d'armas muito lustrosos, e não mandasse pintar n'ellas suas armas em campos de diversas côres: mil peitos de próva de muito preço, muitas couras e coletes de anta, couraças de laminas cobertas de velludo e setim de todas as côres com tachas d'ouro e prata, muitas saias de malha, e gibanetes, tudo muito galante e de muito gosto, e muitas rodelas d'aço tauxiadas de lavor d'ouro com suas armas pintadas n'ellas, muitas adargas muito fortes, muitas lanças dourados os contos e engastes, espadas largas e cortadoras, muitos montantes, leques, terçados, e todo outro genero d'armas muito fortes e galantes

O sabio no bosque, meditando, qual pastorinho de cordeiros brancos nas paizagens de lyrio e rosa pintadas por Wateau no setim dos leques Luiz XV! Seria ao toque poetico das ave-marias, como se permittiria dizer um serralheiro portuguez em grève.

As sedas, cingindo a curva do peito e caindo em pregas quebradas de reflexos, as sedas da moda, de tons verdes aquaticos, dão ás mulheres esveltas a côr das visões dos lagos, das heroinas das legendas druidicas e dos cantos de Ossian. Sob a palpitação dos leques sentem-se estremecer no espaço correntes aerias de volupluosidade indefinida.

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