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O-Hana e Naotarô amaram-se.. Näo se sabe porque. Porque eram ambos jovens, visinhos, conhecidos; e em circunstancias semelhantes a juventude attrahe a juventude... Quando esta inclinaçäo foi conhecida, as duas familias irromperam em näo dissimulados azedumes. O casamento era impossivel. Se a adopçäo de um filho alheio podia resolver em theoria o problema, quem vinha sujeitar-se ao sacrificio?

Haviam decorrido apenas uns tres dias, quando do tal sujeito recebi um bilhete, pouco mais ou menos n'estes termos: "Pode seguir para Nara, onde me encontrará. Falhou o chá-no-yu. O-Hana suicidou-se. Pesava sobre ella uma desdita igual á pobre Hichi da lenda..." Ora, eu conhecia O-Hana; e a lenda, que por signal constitue o thema de uma notavel peça de theatro, näo me era de todo estranha.

O-Hana éra uma d'essas japonezinhas embebidas de enlevo e de exotismo, taes como vós as conheceis dos leques, dos biombos.

Ninguem como ella desprendia suavissimos sons do koto, a harpa nacional; nenhumas mäos se mostravam täo habeis de pinheiro ou de lirios floridos trazidos do jardim; no chá-no-yu era incomparavel. Eu vi O-Hana uma vez, nos parques de Kyoto, quando em peregrinaçäo primaveral se vae contemplar, á luz da lua, a celebre cerejeira de Guion, toda vestida de pequeninas petalas.

Mas vamos depressa ao fim da historia. Quando em Nara deparei com o meu amigo japonez, o triste fim de O-Hana esclareceu-se em breve. Havia em Uji duas familias abastadas, Fukumoto e Yamaguchi, possuindo as mais bellas culturas de chá d'aquelles campos.

O casal Fukumoto tinha um filha unica, O-Hana; o casal Yamaguchi tinha um unico filho, Naotarô. Este era um perfeito rapazola, amavel, intelligente, segundo affirma quem o viu. O-Hana era uma musumé em plena flôr da vida, educada em todos as gentis prendas do seu sexo.

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